PMI industrial do Brasil recua a 54,0 em julho, após 54,1 em junho

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O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil encolheu a 54,0 em julho, após 54,1 em junho, externou nesta segunda-feira (1º), a S&P Global. O resultado segura o indicador acima ao patamar neutro, de 50 pontos, o que aponta expansão do setor.

“Os resultados do PMI de julho indicaram um desempenho sólido do setor industrial em todo o Brasil. O crescimento da produção perdeu algum impulso, porém se manteve historicamente elevado e o ritmo de criação de empregos acelerou pelo quarto mês consecutivo, à medida que a confiança nos negócios aumentou”, disse a diretora associada de economia da S&P Global, Pollyanna de Lima, em nota.

Os dados do mês apontam uma combinação entre a expansão econômica mais branda e as pressões inflacionárias mais arrefecidas, segundo a S&P Global. A produção e os pedidos às fábricas aceleraram ao menor ritmo dos últimos três meses, mas ainda superior à média a longo prazo. O movimento foi atribuído por evidências subjetivas a falta de matéria-prima e à demanda lenta por alguns produtos. Os pedidos internacionais encolheram pelo quinto mês seguido, mas desta vez ao volume mais acelerado desde o início do ano.

As tendências de gastos apresentam-se mistas: a compra de insumos avançou em ritmo arrefecido e superficial, já a taxa de criação de empregos atingiu o seu patamar mais elevado em mais de um ano.

Os bens de consumo, de acordo com a S&P, estão no topo do desempenho do setor em julho, seguidos pelos intermediários e os de produção. “A área mais promissora do setor industrial, a dos bens de consumo, foi onde as pressões inflacionárias foram mais fortes. O segmento dos bens de produção foi o único a apresentar uma queda flagrante de novos negócios, registrando também o ritmo mais lento de aumento dos custos de produção”, relata a diretora.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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