PMI composto do Brasil retrai em janeiro

Foto: standret/Freepik

O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil, retraiu para 50,9 pontos no primeiro mês do ano, ante 52,0 pontos em dezembro do ano passado. Ainda superior da marca de 50 pontos, os números mostram que a atividade segue em avanço, mesmo tento apresentado o ritmo mais lento nos últimos oito meses. As informações são do IHS Markit, divulgadas nesta quinta-feira.

Conforme o relatório, o setor de serviços também analisou o menor volume de expansão ao longo do mesmo período. O segmento caiu de 53,6 em dezembro para 52,8 em janeiro. O resultado foi influenciado pela volta de eventos adiados, elevação da demanda e avanço do turismo, ainda que o movimento tenha sido esfriado pela escassez de investimentos e a recente alta da pandemia.

O relatório apontou também que houve crescimento dos preços de insumos, com custos maiores em energia, alimentos, combustível, medicamentos, metais, transporte e funcionários. As elevações ocorreram devido à falta de fornecimento, crise do transporte e desvalorização da moeda. Houve alta da taxa de inflação com relação ao patamar de dezembro e custos adicionais foram repassados aos clientes.

Em relação a demanda internacional por serviços brasileiros, o resultado do período ficou favorável, com o índice de novos negócios de exportação em expansão. O mês apresentou retração dos pedidos atrasados, ao terceiro volume mais rápido desde o começo da coleta de dados, há quase 15 anos.

Já a estimativa de desaceleração da pandemia e volta da demanda nos próximos meses aumentou a expectativa positiva entre as empresas em janeiro, o que colaborou na geração de mais empregos no setor de serviços. Mesmo assim, o índice de emprego subiu em ritmo mediano, restringido por pedidos de demissão, dispensas e impasses para encontrar candidatos qualificados.

“É um incentivo ver que o crescimento do setor de serviços no Brasil se manteve no início do ano, apesar da intensificação da pandemia. Os resultados mais recentes mostraram aumentos sólidos nos índices de novos pedidos, de atividade de negócios e de criação de postos de trabalho. Contudo, as taxas de crescimento se atenuaram em relação a dezembro, uma vez que a expansão veloz da variante Ômicron acabou por reduzir a demanda”, disse em nota a diretora associada de Economia da IHS Markit, Pollyanna de Lima.

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