PMI composto do Brasil encolhe de 55,3 em julho para 53,2 em agosto

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O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil retraiu de 55,3 em julho para 53,2 em agosto, externou nesta segunda-feira (5) a S&P Global.

Após registrar no mês de junho a segunda maior taxa de aceleração desde o início da série histórica – em março de 2007 –, a expansão da produção do setor privado brasileiro encolheu novamente nesta leitura, levando ao volume de crescimento mais lento desde o início do ano.

As empresas de serviços seguiram a demonstrar um desempenho melhor do que as do setor industrial, relata a S&P em relatório, embora com taxas de crescimento atenuadas em ambos os casos.

O PMI específico de serviços retraiu de 55,8 em julho para 53,9 em agosto. No mês, de acordo com a S&P, avanços seguidos nos ritmos de novos pedidos teriam sustentado a produção, com o aumento restringido pela demanda mais tímida em uma série de serviços.

“As condições de demanda favoráveis continuaram a estimular o setor de serviços em agosto, com outro aumento acentuado no volume de novos pedidos acompanhado por uma recuperação semelhante na produção”, disse a diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyana De Lima, em comentário. “Dito isso, as taxas de crescimento diminuíram pelo segundo mês consecutivo, com algumas empresas observando uma demanda mais fraca dos clientes por seus serviços, em parte causada pela incerteza diante das eleições”, ressalva.

Segundo a diretora, o arrefecimento foi avaliado como temporária pelas empresas consultadas, frente a prognósticos de redução das preocupações políticas após o pleito presidencial. “As empresas preveem um aumento no volume de novos pedidos ao longo do próximo ano que, em conjunto com investimentos e esforços de marketing, deve alavancar a produção. As expectativas de negócios atingiram seu nível mais alto em quase nove anos.”

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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