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Subiu para 56,6 pontos em março, ante 53,5 pontos em fevereiro, o Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil. O indicador considera os setores industrial e de serviços. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5) pela S&P Global. O aumento foi o mais acentuado desde janeiro de 2010. Com o número acima de 50, é considerado que a atividade segue em expansão.
Os dados positivos dão sequência a recuperação após os efeitos negativos causados pela Covid-19, mesmo com o conflito no leste europeu levantando incertezas. A diretora associada de Economia da S&P Global, Pollyanna de Lima, afirmou, em nota, que “as pressões inflacionárias, que diminuíram em fevereiro, intensificaram-se durante o mês de março, à medida que a guerra na Ucrânia fez os preços de energia subirem. O último aumento nos custos de insumos foi o quinto maior durante os 15 anos da coleta de dados”.
O crescimento da produção e das vendas fez com que a atividade de serviços do Brasil apresentasse o avanço mais impactante dos em quase 15 anos. O PMI de serviços foi a 58,1 em março, de 54,7 em fevereiro, registrando a leitura mais forte desde junho de 2007 (58,4).
Ainda sobre o indicador de serviços, as pessoas consultadas na pesquisa citaram conquista de novos clientes, consequência dos esforços de marketing e expansão das vendas como justificativas para o avanço do subíndice. “A demanda dos clientes foi impulsionada pela redução das restrições contra a Covid-19, o que incluía a flexibilização das regras para viagens internacionais”, relatou a S&P Global.
O mês passado marcou ainda um crescimento do número dos novos negócios de exportação, após retração em fevereiro, o que colabora para a retomada do índice de vendas totais.
Mesmo que de forma menos acentuada que o setor de serviços, a indústria também contribuiu positivamente para o resultado do PMI composto. Depois de cinco meses consecutivos de baixas, os fabricantes de produtos registraram aumento moderado no número de novos pedidos, apesar se sentirem o aumento da inflação mais intensamente que o setor de serviços.
Os fornecedores voltaram a aumentar os preços de seus serviços em março, e a taxa de inflação foi a mais aguda desde o começo da coleta de dados realizada há mais de 15 anos.
Após uma desaceleração na pesquisa anterior, foi observada em março uma fortificação das pressões inflacionárias, com os valores de insumos aumentando no ritmo mais impactante desde o penúltimo mês de 2021. Isso aconteceu, segundo a S&P Global, devido ao crescimento dos preços de eletricidade, alimentos, combustível, petróleo e transporte.
Embora as empresas tenham ficado no campo positivo quanto às projeções para os próximos 12 meses de produção, o nível geral de confiança recuou do pico de cinco meses observado em fevereiro.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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