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A guerra que está acontecendo atualmente em território ucraniano diminuirá a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) global em mais de um ponto porcentual (p.p.) em 2022, calcula a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em relatório sobre o impacto econômico da guerra.
A entidade, com sede em Paris, também projeta que a inflação global tende a ficar pelo menos dois pontos porcentuais mais elevados no ano de 2022 do que estaria em mundo onde não estivesse ocorrendo o conflito no leste europeu.
“O aperto no fornecimento de commodities resultante desta guerra está exacerbando os gargalos na cadeia de suprimentos causados pela pandemia, que provavelmente pesarão sobre consumidores e negócios por algum tempo”, disse o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann.
Para a Organização, medidas provisórias e direcionadas de apoio fiscal serão indispensáveis para aliviar o impacto imediato causado pela crise. Políticas no total de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) tendem a ser o necessário para uma melhora substancial ao impacto econômico sem acrescer significativamente a inflação, informa a instituição.
A OCDE evidencia que o conflito demonstrou a importância de reduzir a descentralização das importações da Rússia, aumentando o leque de fontes de energia e avançar a transição de combustíveis fósseis para alternativas renováveis.
“Ainda não sabemos como a guerra vai se desenrolar totalmente, mas sabemos que prejudicará a recuperação global e elevará ainda mais a inflação”, explica a vice-secretária-geral e economista-chefe da OCDE, Laurence Boone.
Vale lembrar que o Brasil está sendo afetado em diversas frentes, a principal delas sendo o aumento dos preços dos combustíveis. Recentemente, cerca de 40 ônibus da empresa Bahia Transporte Metropolitano (BTM), que rodam entre as cidades de Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari, na região da capital da Bahia, começaram o dia sem rodar por escassez de combustível.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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