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Por Rui Cadete
Estamos no início de um novo ano (2023), e essa etapa chega provocando muita expectativa e preocupações para as organizações de forma em geral, impactando diretamente o mercado e as pessoas dos quatro cantos do mundo.
Os economistas anunciam que os USA têm risco de alta de inflação, alta nos juros e retração acentuada no ritmo de seu crescimento econômico, que a China terá crescimento mais tímido doravante, e que a Europa, será impactada negativamente pelas incertezas decorrentes da guerra da Rússia e Ucrânia, provocando escassez de produtos fundamentais para a manutenção cotidiana nos dias atuais, agregando ainda mais instabilidade no já tumultuado ambiente político universal.
Em um mundo fortemente afetado em função da COVID 19, estamos passando por transformações significativas, de cunho social e político, os interesses e necessidades das pessoas, anseios pessoais, e propósitos de vida, mudanças radicais, afetando diretamente os hábitos e as relações de consumo, fazer vista grossa que tudo isso não afeta o ambiente de negócios é não querer ver a realidade dos fatos.
Diante desse cenário, se faz necessário que as organizações, bem como as pessoas, façam um mergulho como um exercício de autoconhecimento, questionar-se quanto a razão de sua existência, que soluções serão úteis, encontrar e definir um propósito que faça sentido, que agregue valor de forma positiva ao universo, o momento pede repensarmos as nossas atitudes para que possamos viver em sintonia com um novo mundo em constante transformação.
Como contador e empreendedor, tenho experienciado vários ciclos econômicos ao longo de minha jornada, acredito que os negócios são reflexos de seus líderes, quanto a sua capacidade em criar um ambiente que seja inclusivo, colaborativo, desafiador, e que faça sentido para que pessoas talentosas evoluam e queiram exercitar o seu máximo potencial em algo que agregue valor para si e para a humanidade, e que possibilite a construção de um legado, é uma excelente iniciativa.
A atual crise que afeta diretamente os mercados, acredito que seja reflexo das lideranças públicas e privadas em exercício, no momento, se faz necessário, voltarmos a atenção para o Ser Humano, para o que une, para o que agrega valor não apenas econômico, mais também social, necessário cuidarmos do nosso planeta, das pessoas e dos recursos naturais, das relações humanas, importante que a estabilidade psicológica seja a tônica da nova sociedade, da nova economia, e isso com certeza afetará positivamente o mercado.
A contabilidade como instrumento de apoio a gestão, pode e deve evidenciar dados para informar e apoiar iniciativas de liderança de forma educativa, prover conhecimentos e práticas em que o ser humano exerça o seu verdadeiro protagonismo, analisar, decidir e liderar com base em fatos e dados.
