O aumento de preços pelo mundo

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A inflação tem sido uma dificuldade para diversos países do mundo. O movimento parte da elevação dos preços de matérias-primas, principalmente do petróleo, devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Dessa forma, toda a cadeia é sente os impactos e repassa ao consumidor, puxando os preços para cima em todos os lugares.

Um relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontou como está a inflação entre os países do G20, grupo das maiores economias do mundo.

Desde o começo do mês de março, inclusive, o Fundo Monetário Internacional (FMI) sinaliza para o avanço dos preços e aponta a necessidade de políticas monetárias de juros para arrefecer a disparada dos preços. 

Em primeiro lugar entre os países que mais verificaram elevação em suas taxas de inflação está Turquia. A inflação anual ao consumidor da país atingiu 61,1% em março, acelerando pelo décimo mês seguido e atingindo o maior nível em 20 anos. Os dados são da TurkStat, a agência de estatísticas do país.

Em segundo está a Argentina. Em março, a inflação no país subiu 6,7% frente ao mês anterior, acumulando alta anual de 55,1%, o índice mais elevado em 20 anos, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) da Argentina. Só no primeiro trimestre de 2022, os preços dos alimentos tiveram elevação de quase 20%.

Na sequência vem a Brasil, que segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulou nos últimos 12 meses aumento de 11,3%, o valor mais alto desde 2003. A taxa acelerou 1,62% em março, percentual mais impactante em um mês desde 1994, quando o Plano Real ainda não tinha sido implementado.

A Rússia figuraria na quarta posição, sentindo brutalmente em sua economia as consequências da guerra contra a Ucrânia. A inflação atingiu 17,49% em um ano. Esse é o maior percentual em 20 anos. Contudo, o país não consta no ranking original do G20 publicado pela OCDE. A exclusão é parte de um pacote de retaliações diplomáticas e econômicas proposto por potências ocidentais.

Logo atrás vem os Estados Unidos, onde a inflação em março foi a maior em 41 anos, 8,5%, segundo o Departamento do Trabalho do país. 

Em seguida está a União europeia, onde a inflação disparou nos 19 países e quebrou recorde. A taxa anual registrou 7,8%, informou a Eurotast (Gabinete de Estatística da União Europeia), patamar mais alto desde 1999, quando uma moeda em comum foi adotada.

Confira abaixo o ranking completo divulgado pela OCDE:

1: Turquia: 61,1%
2: Argentina: 55,1%
3: Brasil: 11,3%
4: Estados Unidos: 8,5%
5: União Europeia: 7,8%
6: México: 7,5%.
7: Alemanha: 7,3%.
8: Canadá: 6,7%.
9: Itália: 6,5%.
10: Reino Unido: 6,2%.
11: África do Sul: 6,1%.
12: Índia: 5,4%.
13: Austrália: 5,1%.
14: França: 4,5%.
15: Coreia do Sul: 4,1%.
16: Indonésia: 2,6%.
17: Arábia Saudita: 2%.
18: China: 1,5%.
19: Japão: 1,2%.
G20*: 7,9%.
G7: 7,1%.
OCDE: 8,8%.

(Redação: Victor Boscato e Fernanda Zambianco)

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