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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou uma queda de 0,8% em agosto contra julho, de acordo com o Monitor do PIB, analisado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Frente ao mês de agosto do último ano, a atividade econômica teve crescimento de 3,7% em agosto de 2022.
“A queda da atividade econômica em agosto está associada às retrações na indústria e nos serviços. Destaca-se que houve recuos na maior parte das atividades que compõem estes dois setores. Pela ótica da demanda, o destaque é a queda do consumo das famílias em agosto, na comparação com julho. Dada a importância que o consumo tem apresentado em 2022, sendo considerado o principal responsável pelo bom desempenho da economia no primeiro semestre, sua retração em agosto sinaliza provável dificuldade de manutenção do crescimento na economia na segunda metade do ano”, disse Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV, em nota oficial.
Em relação a ótica da demanda, o consumo das famílias encolheu 0,5% em agosto contra julho. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma alta de 0,7% no período. A exportação de bens e serviços apresentou expansão de 0,6% em agosto ante julho, enquanto a importação caiu 0,3%.
“Em divulgações anteriores do Monitor do PIB-FGV já foi destacado que, devido aos juros estarem em patamares elevados, era esperado que a economia se enfraqueceria no segundo semestre. A retração registrada na atividade econômica em agosto pode ser uma sinalização que a esperada desaceleração da economia chegou”, acrescentou Trece.
Em termos monetários, o PIB atingiu algo próximo de R$ 6,310 trilhões de janeiro a agosto deste ano, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 20,0% no mês de agosto de 2022.
(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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