Investimento estrangeiro no Brasil cresce 23% em 2021

Foto: Karolina Grabowska/Pexels

Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira chegaram a US$ 46,441 bilhões no ano de 2021, segundo informações o Banco Central (BC). O número apresentado, referente ao ano passado, reflete no aumento de 22,9% frente a 2020, quando os investimentos estrangeiros no Brasil registraram US$ 37,786 bilhões.

Mesmo o resultado tendo sido positivo frente a 2020, o número ficou abaixo das expectativas e não retomou o patamar pé-pandemia pois, segundo o BC era esperado que os investimentos diretos de estrangeiros no país somassem US$ 52 bilhões. Já para este ano de 2022, a instituição espera que os investimentos cheguem a US$ 55 bilhões.

No último mês do ano passado os investimentos estrangeiros direto no país ficaram negativos em US$ 3,935 bilhões, ou seja, os retornos foram superiores a entrada de recursos, informou o BC. Apesar da taxa negativa em dezembro, os investimentos estrangeiros foram suficientes para tapar o buraco das contas externas de 2021.

As contas externas apresentaram déficit de US$ 28,110 bilhões ao longo do ano passado, segundo os números do Banco Central. Esse número reflete em um aumento de 14,8% frente a 2020, quando o resultado negativo chegou US$ 24,492 bilhões. Esse também foi o pior buraco para um ano fechado desde 2019, quando foi apresentado um déficit de US$ 65 bilhões.

O crescimento no déficit das contas externas é refletido principalmente com a elevação das remessas de lucros e dividendos das empresas — que aceleraram de US$ 16,823 bilhões, em 2020, para US$ 29,847 bilhões em 2021. Sendo assim, a fissura externa piorou mesmo com a melhora na balança comercial brasileira.

A expansão do volume das remessas de lucros e dividendos no ano passado, está associado com a elevação da atividade doméstica, e com a subsequente progressão da lucratividade das empresas que atuam no Brasil, informou o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha.

Segundo Rocha, o resultado do ano passado foi ocasionado pelo ingresso de participação no capital das empresas, quer seja para gerar novas empresas, para a aquisição de companhias brasileiras ou até mesmo para a expansão da capacidade produtiva das empresas já vigentes Brasil.

A instituição estimou, inclusive, que o déficit em transações correntes somará US$ 21 bilhões em 2022.

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