Inflação oficial desacelera a 0,41% no mês de novembro

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, registrou desaceleração na alta no mês de novembro, a 0,41%, ante 0,59% em outubro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

No ano, a inflação acumulada é de 5,13%. Já em 12 meses, a taxa acumulada é de 5,90%, 0,57 ponto percentual abaixo dos 6,47% computados nos 12 meses até outubro. Trata-se da menor taxa acumulada desde fevereiro de do ano passado, quando foi 5,20%.

Sete entre os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo índice registraram alta no mês, refletindo no resultado final. Transportes (0,83%) e Alimentação e bebidas (0,53%) foram os grupos com maior influência no período.  Com grande peso, os dois juntos foram responsáveis por aproximadamente 71% do IPCA de novembro.

Contudo, a variação mais alta foi do grupo Vestuário, subindo 1% pelo quarto mês seguido. O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,02%) ficou próximo da estabilidade, mostrando uma desaceleração em relação a outubro (1,16%). Habitação (0,51%), por sua vez, ficou acima do observado no mês anterior (0,34%).

As outras altas foram dos grupos Despesas pessoais (0,21%) e Educação (0,02%). Já os grupos que registraram deflação no mês foram Artigos de residência (-0,68%) e Comunicação (-0,14%)

Nas aberturas por região, o destaque vai para Brasília (1,03%), apesar de todas as áreas analisadas terem subido no período. Em Brasília a alta se deve ao aumento na energia elétrica (19,85%). A menor variação, por sua vez, se deu em Vitória (0,09%), puxada principalmente pela redução de 22,25% nos preços das passagens aéreas. Já a aréa com maior peso no indicador foi São Paulo (0,40%), responsável por 32,28% do IPCA.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Também divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,38% em novembro, 0,09 p.p. abaixo do resultado do mês imediatamente anterior (0,47%). O indicador acumula em 22022 aumento de 5,21% e, em 12 meses, de 5,97%.

O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.

Neste levantamento, os produtos alimentícios desaceleraram levemente, de 0,60% em outubro para 0,55% em novembro. Os preços dos não alimentícios também registraram uma variação menor no mês, ainda que positiva, indo de 0,43% em outubro para 0,32% em novembro.

Por fim, nas aberturas regionais, o único estado com índice negativo foi Aracaju (-0,04%), especialmente por conta da redução nos preços do leite longa vida (-13,03%). Já a variação mais expressiva acompanhou o IPCA e se deu em Brasília (1,20%), influenciada pela alta da energia elétrica (19,36%).

(Redação: Fernanda Zambianco)