Inflação arrefece para os mais pobres e sobe para os mais ricos, aponta Ipea

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O arrefecimento da elevação da inflação no país de dezembro e janeiro impactou as quatro classes de renda mais baixa no Brasil, de acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, publicado nesta terça-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Sobre a média, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de de 0,62% em dezembro para 0,53% em janeiro.

O aumento da inflação foi menor para as famílias de renda muito inferiores (renda domiciliar menor que R$ 2.015,18, a preços de janeiro de 2023), renda baixa (entre R$ R$ 2.015,18 e R$ 3.022,76), renda média-baixa (entre R$ 3.022,76 e R$ 5.037,94) e renda média (entre R$ 5.037,94 e R$ 10.075,88).

No primeiro caso, a elevação arrefeceu de 0,71% em dezembro para 0,47% em janeiro. A oscilação para as famílias de renda menor, que tinha sido de 0,67% em dezembro, foi de também 0,47% em janeiro. Em relação as famílias de renda média-baixa, tiveram inflação de 0,52% em janeiro, contra 0,69% em dezembro. Para as famílias de renda média, o avanço dos preços encolheu de 0,62% em dezembro para 0,55% em janeiro.

Entretanto, as famílias da classe de renda mais elevadas (acima de R$ 20.151,75) tiveram aumento da inflação (0,50% em dezembro para 0,56% em janeiro. No grupo de renda média-alta (entre R$ 10.075,88 e R$ 20.151,75), a oscilação ficou estável em 0,59% nos dois meses.

Redação: Victor Boscato