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A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) revelou nos últimos dias as estimativas de um impactante esfriamento da produção e das vendas do setor, que deve permanecer em um patamar inferior aos níveis anteriores à pandemia. O avanço da produção deve desacelerar para 1,2% em 2022, depois dos 11,7% esperados para o fechamento do último ano, enquanto a aceleração das vendas internas deve encolher de 14,5% para 1%.
O setor terá grandes dificuldades de uma retomada devido às quedas de 17% e 22,5% apresentada na produção e nas vendas, respectivamente, no ano retrasado, quando houve o baque do início da pandemia.
As expectativas expostas pela Abit desenham um quadro de baixo avanço econômico, devido às condições financeiras mais limitadas, com consumo impactado pela inflação e a criação mais lenta de vagas de emprego. Com todas essas questões formando o panorama atual, a associação está cética quanto à retomada da renda.
O presidente da Abit, Fernando Pimentel, comentou que com toda a incerteza em relação a pandemia e as eleições, a entidade preferiu ser mais reativa em suas estimativas iniciais em um ano que promete ser, na avaliação dele, “difícil, ruidoso e polêmico”.
Os registros de afastamento de trabalhadores por infecção da Ômicron, segundo Pimentel, estão crescendo na indústria, o que pode impactar também na produção, apesar das projeções da Abit de melhora, no decorrer do ano, no abastecimento de insumos. “Vamos seguir convivendo com o poder de consumo comprometido, o que aumenta o desafio de conquistar corações, mentes e o bolso do consumidor”, avaliou.
Ainda de acordo com o presidente da Abit, qualquer mudança de ambiente, como o risco de regressão na reabertura do comércio e dos serviços, pode rapidamente levar as projeções do azul ao vermelho.
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