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Redação: Victor Boscato
O indicador de inadimplência no país, medido pela Boa Vista, registrou uma alta de 2,3% em março, em comparação com o mês anterior, quando teve uma elevação de 0,2%. O resultado fez com que o indicador encerrasse o primeiro trimestre do ano com um crescimento de 5,1%, em relação ao último trimestre de 2022.
Embora o aumento na comparação interanual ainda seja forte, com o índice de inadimplência em 8,4% em março, houve uma diminuição em relação aos meses anteriores, sendo 25,8% em fevereiro e 27,7% em janeiro. A série de dados revelou que o indicador apresentou nove altas consecutivas na comparação mensal, mostrando que as famílias têm enfrentado muitas dificuldades para manter as contas em dia.
Apesar da renda real ter apresentado uma tendência positiva, o desemprego tem aumentado, conforme avaliação do economista da Boa Vista, Flávio Calife. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o índice de inadimplência cresceu 19,7%. A perda de ritmo ainda não surtiu efeito na curva de longo prazo do indicador, medida pela variação acumulada em 12 meses, que passou de 19,9% em dezembro de 2022 para 22,4% ao final de março de 2023, segundo a Boa Vista.
