Indicador de tendência de emprego da FGV recua pelo 3º mês consecutivo

Foto: yanalya/Freepik

No primeiro mês do ano, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) encolheu 5,3 para 76,5 pontos. Este é terceiro mês seguido de recuo, revelaram as informações divulgadas nesta segunda-feira (7) pela Fundação Getulio Vargas.

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, destacou problemas de recuperação em relação a economia. Com os números apresentados, o termômetro retraiu para o pior nível em dois anos (74,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp regrediu 3,6 pontos, para 80,4 pontos.

Segundo a Fundação, o Brasil encarou um período de recuperação durante 2021. Contudo, essa trajetória de queda do índice por três meses consecutivos aponta para uma piora mais acentuada neste início de 2022, devido à combinação da desaceleração econômica iniciada no 4º trimestre com o surto de Ômicron e Influenza, que afeta principalmente o setor de serviços, o maior empregador. Nesse cenário, é complicado enxergar, no curto prazo, uma alteração no curso do indicador.

No mês de janeiro, todos os componentes do índice registaram retração. Como destaque e maior impacto negativo, está o indicador de Situação Atual dos Negócios da Indústria, que colaborou com -1,6 ponto na variação do IAEmp no mês.

Também tiveram impacto os indicadores que medem a Tendência dos Negócios nos próximos seis meses e as intenções de contratação nos próximos três meses (Emprego Previsto), os dois no setor de Serviços, que contribuíram respectivamente com -1,0 e -0,9 ponto para a variação do IAEmp.

De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,6% no trimestre finalizado em novembro do ano passado, mas a escassez de trabalho ainda afeta 12,4 milhões de brasileiros.

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