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O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) cresceu 1,0 ponto de abril para maio, para 115,9 pontos, divulgou nesta terça-feira (31) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
“Após cair expressivamente no mês anterior, o Indicador de Incerteza acomoda em maio em nível ainda superior ao da elevada média de 114,4 pontos observada nos cinco anos anteriores à pandemia (entre março de 2015 e fevereiro de 2020)”, disse Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
No Brasil, o enfraquecimento do poder aquisitivo da população diante da inflação, o alto nível de endividamento das famílias e a deterioração das condições fiscais ao longo do ano causam dúvidas quanto à continuidade dos resultados positivos para a atividade econômica como os do primeiro trimestre. “Diante deste cenário desafiador para a conjuntura internacional e doméstica, o indicador deve continuar a oscilar em patamar elevado nos próximos meses”, avaliou.
O componente de Mídia cresceu 0,5 ponto, para 114,1 pontos, colaborando com 0,4 ponto para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas avançou 2,4 pontos, para 116,4 pontos, contribuindo com 0,6 ponto para o índice de maio.
A FGV sinaliza, no entanto, que os resultados do IIE-Br de maio podem ser revisados, “uma vez que a greve dos colaboradores do Banco Central afetou o fornecimento de informações necessárias ao fechamento do componente de Expectativas, com peso de 20% no IIE-Br”.
“O IIE-Br Expectativas de maio foi fechado com informações obtidas até 29/04/22, as últimas disponíveis no dia de fechamento do IIE-Br deste mês (em 30/05/22)”, relatou a FGV.
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que realiza o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das projeções para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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