Indicador de incerteza cresce 0,6 ponto em dezembro contra novembro

Foto: Freepik

O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) cresceu 0,6 ponto de novembro para dezembro, para 112,7 pontos, externou a Fundação Getulio Vargas (FGV). As dúvidas sobre o novo governo ajudaram a avançar o indicador, segundo a entidade.

O IIE-Br é composto por dois componentes. O primeiro é o IIE-Br Expectativa, formado pelas dispersões das estimativas para a taxa de câmbio e para o IPCA, que acelerou 12,8 pontos em outubro, para 117,9 pontos, patamar mais alto desde julho deste ano, quando registrou 124,7 pontos.

Com esses números, o componente colaborou positivamente com 2,8 pontos para a oscilação agregada do IIE-Br em dezembro.

O outro componente, o IIE-Br Mídia, realiza o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias em relação à incerteza. No sentido contrário, o componente caiu 2,5 pontos em dezembro contra novembro, para 110,1 pontos, contribuindo negativamente com 2,2 pontos na oscilação agregada do indicador.

“O resultado foi influenciado pelas incertezas da transição de Governo e o direcionamento das políticas econômicas do próximo ano, com destaque para a condução da política fiscal. A alta do IIE-Br foi motivada pelo componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, devido a maior heterogeneidade das previsões para a taxa Selic. Diante da conjuntura doméstica e internacional desafiadora, o Indicador de Incerteza deverá se manter oscilando em patamar elevado nos próximos meses”, diz a nota divulgada pela FGV.