Indicador de Incerteza cresce 0,2 ponto em julho contra junho

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O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) cresceu 0,2 ponto de junho para julho, para 120,8 pontos, externou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (29). O patamar é o mais alto desde março deste ano, quando o índice havia registrado a marca de 121,3 pontos.

Segundo a FGV, o resultado segue sendo puxado pela pressão inflacionária no Brasil e no mundo e pela política de aperto monetário global. “No Brasil, adicionalmente, houve piora do cenário fiscal para 2023, e do cenário político, com a proximidade das eleições presidenciais. Diante deste cenário, é possível que o indicador continue a oscilar em níveis ainda elevados nos próximos meses”, disse Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é formado a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.

O componente de Mídia cresceu 3,0 pontos em julho, para 117,7 pontos, colaborando com 2,6 pontos para o IIE-Br do mês. Já o componente de Expectativas encolheu 11,1 pontos, para 124,7 pontos, com uma contribuição para baixo de 2,4 pontos.

“Apesar do forte recuo do componente de Expectativa, este indicador se mantém em patamar elevado, refletindo as heterogeneidades das previsões dos especialistas para variáveis chaves na economia. O recuo de julho devolve apenas 31% da alta de 36,2 pontos entre fevereiro e junho”, disse Gouveia.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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