IGP-M avança 0,45% em dezembro e fecha o ano com inflação acumulada de 5,45%

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Divulgado nesta quinta-feira (29), pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,45% em dezembro. Após cinco meses de deflação, o indicador voltou a apresentar alta. Com o resultado mensal, a inflação que serve de parâmetro para o reajuste do aluguel de imóveis encerra o ano de 2022 com aumento acumulado de 5,45%.

“A última edição do IGP-M de 2022 mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços. “No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão, bovinos e óleo de soja refinado. Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate e cebola”, explica.

Na análise do mesmo período do ano passado, o IGP-M do mês havia sido de 0,87% e acumulava alta de 17,78% no ano.

Nos últimos dois anos, o indicador havia sido maior do que a inflação oficial do país. Em 2022 essa tendência se inverte, considerando que o IBGE divulgou na última semana que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), – prévia da inflação oficial do país-, encerrou o ano em 5,90%.

Nas aberturas dos componentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa um peso de 60% no IGP-M, subiu 0,47% em dezembro, influenciado principalmente por matérias-primas brutas (2,09%), na análise por estágios de processamento, e produtos industriais (0,92%), na análise por origem.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que possui peso de 30%, registrou alta de 0,44% no período. Os grupos Alimentação (0,99%), Comunicação (0,48%) e Habitação (0,42%) foram os destaques na comparação com o mês de novembro.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10%, verificou um aumento de 0,27% em dezembro, puxado por materiais, equipamentos e serviços (0,38%).

Entre os três, a maior alta no ano foi a do INCC, que acumulou elevação de 9,40%. Os destaques neste grupo foram mão de obra (11,76%) e materiais, equipamentos e serviços (7,23%).

(Redação: Fernanda Zambianco)