IGP-M arrefece em julho com retração de commodities e efeito de corte do ICMS

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O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou aceleração de 0,21% em julho, depois de ter avançado 0,59% no mês passado, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (28). A diminuição no ritmo de avanço do indicador reflete a retração nos custos de commodities importantes e o efeito de cortes de impostos recentes. Em 12 meses, o índice geral acumula elevação de 10,08%.

Os números deste mês foram inferiores à expectativa da pesquisa Reuters com analistas, de alta de 0,30%.

De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que corresponde a 60% do IGP-M e apura a oscilação dos preços no atacado, arrefeceu o avanço a 0,21% em julho, de 0,30% em junho.

“Preços de commodities importantes estão cedendo, refletindo os riscos de um cenário macroeconômico pouco animador”, disse o coordenador dos índices de preços, André Braz, ressaltando o avanço nas perdas dos preços de minério de ferro (de -0,32% para -11,98%), milho (de -1,21% para -5,00%) e soja (de -0,80% para -2,05%).

Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem influência de 30% no índice geral, encolheu 0,28% em julho, após ter acelerado 0,71% em junho.

“A redução do ICMS da energia elétrica e da gasolina influenciaram destacadamente o resultado do IPC”, relatou Braz, acrescentando que, se não fosse o recente corte desse imposto, o índice ao consumidor não teria registrado taxa negativa.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que corresponde a 10% do IGP-M, teve alta de 1,16% no período, ante elevação de 2,81% em junho.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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