IGP-DI avança 1,60% em outubro acumulando alta de 20,95% em 12 meses

Foto: Marcello Casal

No mês de outubro o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) cresceu 1,60%, após redução de 0,55% no mês anterior. O indicador acumula aumento de 16,96% no ano e 20,95% em 12 meses, de acordo com Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

O IGP-DI é a média dos índices de preços ao produtor (IPA), ao consumidor (IPC) e de custo da construção civil (INCC). Com esse levantamento, a instituição revela as fontes de pressão inflacionária e a evolução dos preços de produtos e serviços mais relevantes para os três grupos.

Ainda em outubro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou progressão de 1,90%, diferenciando-se de setembro, quando houve retração de 1,17%.

A taxa do grupo bens finais cresceu de 1,26% no mês de setembro para 1,47% em outubro. Neste caso, a principal influência foram os combustíveis para o consumo, aumentando a taxa de 1,47% para 5,78%. Já o índice de bens finais que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, progrediu 0,99% em outubro, no mês de setembro o índice subiu 1,15%.

O grupo bens intermediários cresceu significativamente de 1,91% em setembro para 3,47% em outubro. O avanço de 1,87% para 9,39% no subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção influenciou no resultado. O índice calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, também aumentou em outubro. A taxa ficou em 2,57%, enquanto no último mês foi 1,91%.

Outro segmento que se destacou por sua volatilidade foram as matérias primas brutas. Com queda de 5,75% em setembro e alta de 0,75% em outubro. Contribuíram para este resultado os movimentos do minério de ferro (-22,11% para 4,29%), cana-de-açúcar (1,45% para 3,59%) e café em grão (7,83% para 11,95%). Porém houve redução nas taxas dos bovinos (-2,69% para -7,71%), da mandioca/aipim (6,71% para 2,90%) e das aves (1,72% para 0,37%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) cresceu 0,77%, em outubro. Cinco das oito classes de despesas componentes do índice mostram regressão nas suas taxas de variação: habitação (2,59% para 0,37%), educação, leitura e recreação (2,90% para 1,57%), alimentação (1,09% para 0,88%), transportes (1,50% para 1,31%) e despesas diversas (0,30% para 0,28%). Na classe de despesas, destacou-se a tarifa de eletricidade residencial, que foi de 8,52% para 0,06%; da passagem aérea, de 22,70% para 9,97%; das frutas, de 4,94% para 0,46%; da gasolina, de 3,38% para 2,73%; e dos serviços bancários, de 0,27% para 0,05%.

Além dos citados, outros grupos demonstram tendência de alta, como vestuário (0,28% para 0,81%), saúde e cuidados pessoais (0,14% para 0,25%) e comunicação (0,39% para 0,44%). Colaboraram para a elevação também os calçados, de 0,37% para 1,32%; os artigos de higiene e cuidado pessoal, de 0,01% 0,56%; e da tarifa de telefone residencial, de 0,38% para 5,07%.

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,44% no mês de outubro, e uma leve perda comparado a setembro, quando registrou taxa de 0,46%. O índice de difusão do IPC, ficou em 71,94%.

Houve um crescimento no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), alcançando 0,86%. No mês de setembro a taxa foi 0,51%. Na passagem dos meses, os três grupos do indicador mostraram oscilações. Os materiais e equipamentos saíram de 0,71% para 1,92%, serviços de 0,35% para 0,47% e a mão de obra de 0,37%.

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