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O mercado financeiro subiu de 7,65% para 7,89% a projeção para a o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, em 2022. Foi a 16ª alta consecutiva no indicador, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central (BC).
Também avançou a previsão da inflação para o ano que vem, que foi de uma elevação de 4% para 4,1% em uma semana. Sobre 2024 e 2025, as análises apresentaram estabilidade em 3,2% e 3,0%, respectivamente.
O mercado também projeta um Produto Interno Bruto (PIB) maior em 2022: a expectativa é que a economia avance 0,70%, ante 0,65% na última semana e 0,52% há um mês. Para 2023, 2024 e 2025, as projeções seguem as mesmas: acelerações de 1%, 2% e 2%, respectivamente.
As estimativas para a Selic e o câmbio também seguiram as mesmas para 2022: 13,25% ao ano e US$ 1 = R$ 5, respectivamente. Para o ano que vem, ambas subiram, 9,25% para a taxa básica de juros e R$ 5,04 para o dólar, ante 9,00% e R$ 5 na semana passada. Sobre 2024, a projeção do dólar caiu para R$ 5 e para 2025 a queda foi para R$ 5,02. Já a Selic se manteve em 7,50% e 7,0% para 2024 e 2025, respectivamente.
O Relatório Focus ficou sem ser publicado por três semanas por conta da greve dos servidores do BC, e sua divulgação na semana passada foi possível porque a categoria cancelou a paralisação por duas semanas, de 20 de abril a 2 de maio, para dar um “voto de confiança” ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
Porém os servidores sinalizaram na sexta-feira (29) a volta da greve a partir de amanhã, terça-feira (3), e seguiram a reivindicação de reajuste salarial de 27%. Além disso, a divulgação do boletim desta semana também atrasou: a agenda do BC estimava que os números seriam publicados às 8h30 de hoje, mas só foram divulgados às 10h.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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