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O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou a projeção de expansão da economia do Brasil em 2022, porém o cenário para o próximo ano não foi tão bom assim, chamando atenção para o impacto da inflação aguda. Os dados são do relatório Perspectiva Econômica Global do FMI.
O FMI passou estimar progressão do Produto Interno Bruto do Brasil em 2022 de 0,8%, ante 0,3% previsto no primeiro mês deste ano. Por outro lado, reduziu a previsão para 2023 em 0,2 ponto percentual, calculando um avanço econômico de 1,4%.
O FMI está bem mais receoso do que o Ministério da Economia, que estipula que a economia brasileira irá subir 1,5% este ano, acelerando a 2,5% em 2023.
Os números do FMI para o Brasil também são menos expressivos do que aqueles para a América Latina e Caribe, com a progressão na região projetada pela instituição em 2,5% tanto para este e o próximo ano.
Para o grupo de Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento, as previsões do Fundo são de crescimento de 3,8% e 4,4% em 2022 e 2023. No relatório de janeiro, essas estimativas estavam em 4,8% e 4,7%.
Segundo o FMI, a região da América Latina e do Caribe também deve ser mais impactada pela inflação e aperto da política monetária.
“O Brasil respondeu à inflação mais alta elevando os juros em 9,75 pontos percentuais ao longo do último ano, o que pesará sobre a demanda doméstica”, disse o Fundo no relatório, sinalizando que retrações nas expectativas de avanço para os Estados Unidos e a China também devem influenciar o cenário para os parceiros comerciais desses países na região.
A inflação mais forte tornou-se uma grande temor no Brasil, onde a taxa em 12 meses ultrapassou 11% sob o impacto da aceleração dos preços dos combustíveis.
O FMI prevê inflação de 8,2% no Brasil em 2022 e de 5,1% em 2023, resultados superiores às metas, de 3,50% em 2022 e 3,25% em 2023, calculadas pelo IPCA, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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