Fed eleva a taxa de juros dos EUA em meio ponto percentual

Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Dando sequência ao seu plano de controlar a inflação que vem apresentando sucessivas altas, o Federal Reserve (Fed – Banco Central dos Estados Unidos) anunciou nessa quarta-feira (4) a elevação a taxa de juros básica em meio ponto percentual (entre 0,75% e 1%). Trata-se da maior alta em mais de 22 anos. A guerra e os resquícios de uma nova ameaça de Covid-19 na China podem continuar impactando fortemente a economia norte-americana levando, inclusive, à interrupção na cadeia de suprimentos mundial.

Na última ata, divulgada em 16 de março, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), do Fed, afirmou que busca alcançar a melhor taxa de desemprego e inflação no longo prazo, com o juro a 2% ao ano. Com o conflito na Ucrânia, os riscos de impacto na economia do país decorrentes das enormes dificuldades humanas e econômicas se materializaram, o que explica o novo aumento da taxa.

As expectativas para os próximos movimentos do Fed são de estabilização dos juros neste patamar, caso o conflito na Ucrânia não venha a se agravar e se não houver engajamento adicional dos países membros da Otan. De acordo com o documento divulgado hoje, a autoridade monetária não demonstra estar “behind the curve” e entende que a recomposição das reservas é eficaz para o enxugamento monetário e contenção da escalada de pressão inflacionária na economia. “É a reversão do easing monetário em que o Fed incentivou a circulação de dinheiro na sua economia. Devemos observar uma pressão de arrefecimento na subida do mercado de ações e valorização do dólar frente a outras moedas”, avalia Gabriel Emir Moreira e Silva, superintendente da área de Projetos da FIPECAFI e consultor na área de investimentos financeiros, otimização financeira e hedge de operações financeiras.

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