Em janeiro, confiança do comércio recua ao pior nível desde abril de 2021

Foto: minervastudio/Freepik

Na passagem do último mês do ano passado para o primeiro desse ano, o Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 0,4 ponto, para 84,9 pontos, informou nesta sexta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Após este último registro de queda, o Icom ficou no pior nível desde abril do último ano, quando havia chegado em 84,1 pontos, no ápice da segunda onda de covid-19, que afetou o País no começo de 2021. Já em médias móveis trimestrais, o Icom encolheu 3,1 pontos, a quinta regressão consecutiva.

A retração de janeiro reflete um esfriamento na continuidade negativa iniciada no final do último ano. Segundo a FGV, o resultado negativo foi influenciado pela percepção de queda no volume de vendas no momento. As perspectivas para os próximos meses melhoram, em ritmo mais lento do que o desejado, por enquanto, considerando o patamar abaixo do nível neutro do índice. A Fundação destaca ainda que entre os fatores que aparentemente estão pressionando a confiança do comércio nesse nível mais baixo estão inflação elevada, renda média do trabalhador em baixa, confiança dos consumidores em queda e juros em alta.

Em janeiro, a regressão do Icom foi influenciada pela visão em relação ao momento atual. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) diminuiu 3,5 pontos, para 80,5 pontos, pior nível registrado desde março do último ano, quando ficou em 75,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM), por sua vez, cresceu 2,7 pontos, para 90,0 pontos.

Foi registrada redução em três dos seis principais segmentos do comércio analisados pela sondagem.

Essa sucessão de reduções do Icom nos meses passados tem deixado mais próximo o nível de confiança dos segmentos. “O desvio padrão do Icom dos segmentos do setor chegou a registrar 14,9 pontos em dezembro de 2020, sendo o recorde da série. Após esse período crítico, a dispersão entre os segmentos oscilou ao longo de 2021 fruto dos reflexos da pandemia na atividade do setor. Nos últimos meses, essa dispersão voltou a cair mostrando uma aproximação entre os segmentos, mas de maneira não virtuosa, em patamar baixo”, informa a nota da FGV.

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