Em 6ª queda seguida, Confiança da Indústria recua 1,7 ponto em janeiro

Foto: standret/Freepik

No primeiro mês do ano o Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou retração de 1,7 ponto frente a dezembro, caindo a 98,4 pontos. Com uma onda de resultados ruins, a sexta queda seguida impulsionou o ICI ao pior nível desde julho de 2020, quando esteve em 89,8 pontos. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

O retrato da nova queda simboliza a insegurança com o setor devido ao recente crescimento de casos da covid-19, que tem levado à diminuição nos números de funcionários e expansão das restrições em vários países, aponta em nota a economista do FGV/Ibre Claudia Perdigão. “Tanto as perspectivas sobre o ritmo da atividade produtiva, quanto sobre a evolução da demanda foram comprometidas”, informa.

Segundo Perdigão, um registro de regressões contínuas como essa não foi verificado nos últimos oito anos, quando foram analisados oito meses consecutivos de encolhimento. Mesmo assim, a economista considera que a queda gradual dos gargalos de insumos pode ajudar para a retomada do setor ao longo de 2022.

O Índice Situação Atual (ISA) caiu 1,2 ponto logo no início do ano, para 99,8 pontos, o número mais baixo desde agosto de 2020 (97,8 pontos). A queda foi influenciada pela retração de 6,4 pontos na situação atual dos negócios, que registrou 89,4 pontos, nível mais baixo julho de 2020 (87,0). A demanda também enfraqueceu, apresentando recuo de 4,2 pontos, a 99,5 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE) retraiu 2,0 pontos, para 97,1 pontos, pior patamar desde abril do ano passado (96,9 pontos). Em relação as aberturas, a produção estimada para os três meses seguintes foi o que mais impactou a redução da confiança na indústria no período, com queda de 4,7 pontos, a 94,1 pontos, registrando o pior patamar desde maio de 2021 (93,1 pontos). A expectativa dos negócios para o primeiro semestre é de -1,2 ponto, a 95,4 pontos, seguindo a trajetória de regressão pelo sexto mês seguido. Já o emprego estimado para os meses seguintes continuou relativamente estável (0,3 ponto, a 102,1 pontos).

O patamar do penúltimo mês do ano passado foi retomado pelo Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), ao crescer 1,0 ponto porcentual em janeiro, para 80,7%.

Contato: [email protected]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.