Economia global ultrapassa US$ 150 bilhões em prejuízo em desastres climáticos

Foto: Alones/Freepik

Ao longo desse ano que se encerra, pudemos acompanhar o enorme avanço da agenda ESG — boas práticas ambientais, sociais e de governança. Em paralelo, o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontou que os impactos dos efeitos do clima no planeta já chegaram ao ponto de irreversibilidade. Tivemos também em 2021 a COP26, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, determinou novos compromissos para a diminuição de emissões de CO2.

Apesar de todo esse movimento em prol da causa ambiental, o mundo teve prejuízo com diversos desastres naturais que ocasionaram em perda de US$ 150 bilhões às economias dos países afetados, de acordo com a Christian Aid, uma instituição britânica de apoio ao desenvolvimento sustentável e de auxílio às vítimas dos incidentes ambientais.

Segundo a análise, 10 dos 15 principais eventos extremos puxados pelas variáveis do clima resultaram em gastos de, pelo menos, US$ 1,5 bilhão cada. Porém, nesta soma estão apenas só entram gastos com sinistros segurados. Ou seja, o valor final é bem maior pois devem ser considerados a suspensão momentânea das atividades econômicas, os prejuízos não segurados, falências decorrentes do evento além da perda imensurável das vidas humanas.

Em agosto, por exemplo, o Furacão Ida passou pelos Estados Unidos e ocasionou a morte de 95 pessoas e resultou em um prejuízo de US$ 65 bilhões. A Europa contabilizou 240 vítimas e um estrago aos bolsos de US$ 43 bilhões, ao mesmo tempo em que as inundações na província chinesa de Henan provocaram perda de US$ 17,5 bilhões em destruição, vitimaram 320 e deixaram mais de um 1 milhão de desabrigados.

Por causa das fortes chuvas, na África, mais de 850 mil pessoas ficaram desabrigadas no Sudão do Sul, já na África Oriental o problema é a seca. Esse contraste também afetou o Brasil: no mês de dezembro, enquanto 15 municípios do Rio Grande do Sul tentam lutar contra uma seca que já provocou queda de mais de 80% da produção de commodities agrícolas, a Bahia vivencia a abundância da chuva que já deixou cerca 18 famílias de luto e mais de 16 mil desabrigados.

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