Desemprego recua para 9,8%, menor índice para o período desde 2015

Foto: Freepik

No trimestre de março a maio, a taxa de desocupação da população brasileira foi de 9,8%, de acordo com os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) externados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, essa é a taxa mais baixa para o período desde 2015.

A população desocupada é projetada em 10,6 milhões de pessoas. Já a população ocupada é estimada em 97,5 milhões, o número mais elevado da série histórica, iniciada em 2012.

Entretanto, o rendimento médio segue em baixa. Frente ao mesmo período no ano passado, o trabalhador médio recebe 7,2% a menos.

Para a coordenadora das pesquisas por amostras de domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, os números apontam um “processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020”. “No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma agora sua expansão em diversas atividades econômicas”, relatou ela em nota.

No último mês, a taxa de desocupação foi projetada em 10,5% no trimestre finalizado em abril, uma retração em relação ao trimestre passado. O número de desempregados registrou 11,3 milhões de pessoas. Já a população ocupada foi calculada em 96,5 milhões.

O rendimento real habitual foi de R$ 2.613 no trimestre finalizado em maio, o que reflete um equilíbrio frente ao último trimestre, mas encolhimento de 7,2% em comparação ao mesmo período no último ano.

Para Beringuy, esse recuo é influenciado pela inflação, mas também pela estrutura do mercado de trabalho atual, com mais trabalhadores com rendimentos mais baixos.

“Essa queda do rendimento anual é puxada, inclusive, por segmentos da ocupação formais, como o setor público e o empregador. Até mesmo dentre os trabalhadores formalizados há um processo de retração.”

Segundo o instituto, a expansão da população ocupada ocorreu na maioria dos setores — como serviços, alimentação, transporte e alojamento. Só agricultura e serviços domésticos não avançaram na comparação com o trimestre passado, ficando equilibrados.

“Com a melhoria no quadro da pandemia, ou seja, com o avanço da vacinação e o relaxamento das medidas de distanciamento social, os serviços mais presenciais, que tinham sido bastante afetados, começam a ter um processo de recuperação mais vigoroso.”

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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