Desemprego recua para 10,5%, afetando agora 11,3 milhões

Foto: Freepik

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 10,5% no trimestre finalizado em abril, para o menor patamar desde 2016. A falta de trabalho ainda afeta 11,3 milhões de brasileiros, de acordo com os dados pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O desemprego cedeu 0,7 ponto percentual frente aos 3 meses imediatamente anteriores e 4,3 pontos percentuais em 1 ano. Esse número corresponde a menor taxa de desocupação para um trimestre finalizado em abril desde 2015, quando foi de 8,1%, além de ser a leitura mais baixa desde os 10,3% observados nos três meses encerrados em fevereiro de 2016, apontando que o mercado de trabalho continua em caminho de retomada apesar dos impactos da inflação na renda.

No último levantamento, referente aos primeiros três meses do ano, a taxa de desemprego era 11,1%, afetando 11,949 milhões de pessoas. Na mínima da série histórica, vista em 2014, chegou a 6,5%.

Em relação ao rendimento médio real do trabalhador, o valor foi de R$ 2.569, demonstrando equilíbrio em comparação com o último trimestre (R$ 2.566), mas queda de 7,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.790), mesmo com o avanço do número de trabalhadores empregados.

Entre as modalidades de ocupação, a retração mais significativa no rendimento médio em 1 ano foi registrada no setor público (-12,4%), seguido pelos empregados com carteira assinada (-4,4%) e pelos sem carteira e conta própria, ambos com regressão de -3,3%.

Já a massa de rendimento real habitual (R$ 242,9 bilhões) acelerou 1,3% em comparação com o último trimestre, beneficiada pelo crescimento da ocupação, mas ficou estável quando comparado com o último ano. O número também continua aquém do pico pré-pandemia, quando acumulou R$ 259,1 bilhões.

O número de pessoas ocupadas registrou 96,5 milhões, o maior da série histórica, iniciada em 2012, com uma elevação de 1,1% (1,1 milhão de pessoas) frente ao trimestre de novembro a janeiro e aumento de 10,3% (9 milhões de pessoas) na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

A taxa de informalidade cedeu para 40,1% da população ocupada, reunindo 38,7 milhões de trabalhadores informais, ante 40,4% no trimestre passado. Contudo, a taxa ainda ficou superior à observada na mesma época do último ano (39,3%).

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (12,5 milhões de pessoas) foi o mais elevado da série história do IBGE. Este contingente demonstrou equilíbrio em relação ao trimestre anterior, mas registra aceleração 20,8% (2,2 milhões de pessoas) no ano.

Já os trabalhadores com carteira de trabalho assinada acumularam 35,2 milhões, crescendo 2% (mais 690 mil pessoas) em comparação com o trimestre passado e 11,6% (mais 3,7 milhões) na comparação anual. De acordo com o IBGE, é o maior contingente com carteira desde o trimestre finalizado em abril de 2016.

O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) seguiu estável no trimestre frente aos 3 meses anteriores, mas cresceu 7,2% (mais 1,7 milhão de pessoas) em 1 ano.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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