Custo da Construção avança 2,81% em junho e confiança do setor sobe 1,2 ponto

Foto: Freepik

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) avançou 2,81% em junho, após elevação de 1,49% em maio, divulgou nesta segunda-feira (27), a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com a aceleração na margem, a taxa acumulada em 12 meses pelo índice expandiu de 11,20% na última medição para 11,75% no período.

A alta do INCC-M foi influenciada principalmente por Mão de Obra, que saltou de 1,43% para 4,37% em junho. O índice de Materiais, Equipamentos e Serviços, por sua vez, desacelerou de 1,55% para 1,40%, com desafogo disseminado entre Materiais e Equipamentos (1,67% para 1,58%) e Serviços (0,92% para 0,50%).

Nas aberturas, todos os componentes da Mão de Obra apresentaram elevações expressivas: auxiliar (1,50% para 4,40%), técnico (1,39% para 4,60%) e especializado (1,29% para 3,41%).

Já em Materiais e Equipamentos, ocorreu arrefecimento da taxa em materiais para instalação (0,11% para -0,01%) e equipamentos para transporte de pessoas (2,37% para 0,33%), enquanto materiais para estrutura (2,39% para 2,62%) e materiais para acabamento (1,04% para 1,05%) avançaram. Todos os componentes do índice de Serviços desaceleraram: aluguéis e taxas (1,35% para 0,58%), serviços pessoais (0,78% para 0,53%) e serviços técnicos (0,49% para 0,37%).

As maiores influencias para cima sobre o INCC-M vieram de ajudante especializado (1,26% para 4,58%), servente (1,89% para 4,13%), vergalhões e arames de aço ao carbono (3,49% para 6,76%), pedreiro (1,05% para 5,08%) e carpinteiro (fôrma, esquadria e telhado, 1,43% para 4,56%).

Entretanto, puxaram o índice para baixo condutores elétricos (-0,52% para -4,33%), tubos e conexões de ferro e aço (0,07% para -0,74%) e placas cerâmicas para revestimento (0,47% para -0,37%), seguidos por pias, cubas e louças sanitárias (1,38% para -0,14%) e rodapé de madeira (1,32% para -0,23%).

Na análise regional, de maio para junho, o INCC-M acelerou em cinco das sete capitais apuradas pela FGV: Brasília (1,94% para 2,47%), Recife (1,98% para 5,28%), Rio de Janeiro (1,87% para 2,80%), Salvador (1,00% para 1,42%) e São Paulo (1,56% para 4,11%). Já Belo Horizonte (1,06% para 0,50%) e Porto Alegre (1,08% para 0,43%) registraram queda na margem.

Confiança da Construção

OÍndice de Confiança da Construção (ICST), também calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), acelerou de 96,3 em maio para 97,5 em junho, elevação de 1,2 ponto. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,5.

“O primeiro semestre de 2022 chegou ao final com o aumento da confiança da construção, corroborando a percepção de que o crescimento do ano passado se estendeu, alavancado pelos investimentos do mercado imobiliário e da infraestrutura. Na comparação interanual, o avanço é claro, com melhora de quase todos os indicadores. O destaque negativo é a piora na percepção relativa à situação corrente dos negócios. Já na comparação com o final do ano, a melhora da confiança não é tão significativa, o que sugere moderação no ritmo de crescimento”, relatou Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos de construção do FGV Ibre, em comentário externado junto com o indicador.

Tanto o Índice de Situação Atual (ISA-CST) como o Índice de Expectativas (IE-CST) registraram progressão em relação a última leitura. O primeiro cresceu 1,4 pontos, para 93,9 pontos. Já o segundo acelerou 0,9 ponto, para 101,2 pontos, se mantendo superior ao nível neutro de 100 pontos pelo terceiro mês seguido.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção subiu 1,1 ponto porcentual, para 77,1%. O Nuci de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos registraram oscilação positiva de 0,9 e 0,7 ponto porcentual, respectivamente.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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