Custo da Construção avança 1,49% e confiança do setor recua 1,4 ponto em maio

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O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) avançou a 1,49% em maio, após registrar elevação de 0,87% em abril, divulgou nesta quinta-feira (26) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Mesmo com o crescimento na margem, a aceleração acumulada em 12 meses pelo índice esfriou de 11,54% para 11,20% no período. No ano, o indicador acumula alta de 4,27%.

Todos os componentes do INCC-M subiram entre os meses de abril e maio. O índice de Materiais, Equipamentos e Serviços avançou de 1,24% para 1,55%, com crescimento espalhado entre Materiais e Equipamentos (1,35% para 1,67%) e Serviços (0,73% para 0,92%). O índice de Mão de Obra subiu de 0,46% em abril para 1,43% em maio.

As maiores influencias para cima sobre o INCC-M vieram de cimento Portland comum (2,80% para 6,58%), ajudante especializado (0,46% para 1,26%), servente (0,45% para 1,89%), vergalhões e arames de aço ao carbono (1,24% para 3,49%) e elevador (1,26% para 2,37%).

No sentido contrário, puxaram o índice para baixo condutores elétricos (-0,68% para -0,52%), tubos e conexões de PVC (-0,12% para -0,18%) e tábua de terceira (0,97% para -0,62%).

Na passagem de abril para maio, INCC-M subiu em seis das sete capitais acompanhadas pela FGV: São Paulo (0,71% para 1,56%), Rio de Janeiro (0,64% para 1,87%), Porto Alegre (0,38% para 1,08%), Salvador (0,38% para 1,00%), Brasília (0,72% para 1,94%) e Recife (0,98% para 1,98%). Em Belo Horizonte, o índice desacelerou de 2,65% para 1,06%.

Índice de Confiança da Construção

No mês de maio, o Índice de Confiança da Construção (ICST), também da FGV, recuou 1,4 ponto para 96,3 pontos. Em relação as médias móveis trimestrais, o indicador acelerou 0,9 ponto. A queda do ICST em maio foi influenciado pela deterioração no Índice de Situação Atual (ISA-CST), que encolheu 1,9 ponto, para 92,5 pontos.

Nas aberturas, ocorreu contração de 3,2 pontos da situação atual dos negócios, para 89,7 pontos, patamar mais baixo desde julho do ano passado. O indicador de carteira de contratos, por sua vez, encolheu 0,4 ponto, para 95,4.

O Índice de Expectativas (IE-CST) apresentou retração de 0,7 ponto, para 100,3 pontos, porém seguiu superior ao nível neutro (100 pontos). O encolhimento foi puxado pela baixa de 0,9 ponto nas perspectivas sobre a demanda nos próximos três meses, a 102,5 pontos, e da regressão de 0,5 ponto da tendência dos negócios nos próximos seis meses, a 98,0 pontos.

“A queda da confiança em maio corrigiu um pouco o otimismo do mês passado, mas na comparação interanual, a diferença se mantém significativa em favor de 2022”, relata em nota a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo. “Dessa forma, a percepção do empresário da construção é que, a despeito da forte alta das taxas de juros e dos custos em elevação, a situação em 2022 ainda é mais favorável. E as expectativas, moderadamente otimistas, sugerem uma resiliência maior da demanda setorial. ”

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da Construção registrou um ligeiro avanço de 0,2 ponto porcentual, para 76,0%. O NUCI de Mão de Obra saltou 0,5 ponto, para 77,5%, ao passo que o NUCI de Máquinas e Equipamentos recuou 0,6 ponto, para 71,6%.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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