Crescimento da indústria brasileira avança a máxima em 8 meses

Foto: Freepik

O crescimento da indústria brasileira avançou no mês de maio para o patamar mais elevado em oito meses diante do crescimento das novas encomendas e da produção, e apesar dos grandes aumentos tanto nos custos de insumos quanto nos preços cobrados. As informações são da Pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global divulgado nesta quarta-feira (01).

O PMI registrou 54,2 no mês de maio contra 51,8 em abril, registrando a melhora mais acentuada das condições operacionais desde setembro, além de se distanciar da marca de 50 (que divide o avanço da retração).

“O setor industrial se recuperou da desaceleração no crescimento vista no início do segundo trimestre, com o PMI melhorando para máxima de oito meses graças a aumentos mais fortes nas novas encomendas, produção e emprego”, disse a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima.

Em meio ao crescimento da demanda e lançamentos de novos produtos, as encomendas à indústria subiram pelo terceiro mês consecutivo em maio, à taxa mais alta desde julho do ano passado.

Com o avanço das vendas, o setor industrial brasileiro acelerou a produção, no ritmo mais alto em dez meses.

Entretanto, as encomendas internacionais caíram pelo terceiro mês consecutivo, com os entrevistados apontando demanda arrefecida dos clientes na América do Sul.

Os fabricantes também apontaram dificuldades para receber insumos em maio, atribuindo os atrasos ao lockdown na China, o conflito no leste europeu e à falta global de matérias-primas.

O desencontro entre a oferta de insumos e a demanda, bem como a oscilação dos preços da energia e os fatores internacionais acarretaram em uma fortificação das pressões de custos.

Dito isso, os custos dos insumos aumentaram a uma taxa avançada, e consequentemente os fabricantes subiram seus preços de venda também com fortemente.

Sobre o futuro, os produtores demonstraram forte confiança na produção ao longo dos próximos 12 meses. Algumas indústrias estimam melhora das vendas e maiores investimentos, enquanto outras apresentam vontade de lançar novos produtos e aumentar a capacidade.

A estimativa de avanço colaborou para a criação de empregos em maio, que cresceram com mais força em sete meses.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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