Confiança Empresarial cresce 2,9 pontos em maio para maior patamar desde outubro

Foto: Freepik

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) cresceu 2,9 pontos em maio, para 97,4 pontos, patamar mais elevado desde outubro de 2021 (100,4 pontos), segundo divulgou nesta quarta-feira (01) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador avançou 2,1 pontos no mês, seguindo a perspectiva de elevação iniciada em abril.

“A confiança empresarial sobe pelo terceiro mês seguido consolidando a recuperação iniciada em março. Na Indústria e nos Serviços os índices se aproximam do nível neutro de 100 pontos, sugerindo a normalização da atividade, um movimento que na indústria vem sendo impulsionado pelas avaliações favoráveis em relação à demanda externa e pelo maior equilíbrio dos estoques, enquanto nos Serviços, os números da confiança mostram que, até segunda ordem, o setor teria deixado a pandemia para trás. O resultado geral sugere que a economia vem crescendo em ritmo moderado no segundo trimestre”, disse Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas do FGV Ibre.

A aceleração da confiança empresarial, que ocorre pela terceira vez seguida, foi influenciada por uma melhora tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das projeções em relação aos próximos meses.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) saltou 2,4 pontos, para 98,1 pontos, também no maior patamar desde outubro do ano passado (99,5 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-E) avançou 3,7 pontos, para 98,1 pontos. Pela primeira vez desde fevereiro de 2014 os dois indicadores estão no mesmo nível.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores apurados pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. Entre os setores que englobam o ICE, somente a confiança da Construção apresentou retração no mês, com deterioração das percepções nos dois horizontes de tempo.

A elevação da confiança do Comércio e do setor de Serviços foi influenciada pela liberação de recursos adicionais no trimestre para estímulo da demanda.

A contínua aceleração da confiança industrial deixa o ICE mais perto do patamar neutro de 100 pontos, refletindo avaliações bastante positivas sobre a demanda externa e a melhora das perspectivas da categoria de bens não duráveis de consumo.

A confiança empresarial cresceu em 61% dos 49 segmentos integrantes do ICE no mês de maio, uma regressão da difusão em comparação com os 80% do último mês. Somente o setor da Construção registrou um resultado fraco.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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