Confiança do empresário melhora 0,7 ponto em março

foto: senvipetro/Freepik

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,7 ponto no mês de março. Dessa forma, o indicador apresentou 91,8 pontos. O número atual interrompe uma série de retrações iniciada em novembro de 2021. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (01), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre).

No entanto, sobre a métrica de médias móveis trimestrais, o ICE recuou pela sexta vez seguida, desta vez em 0,8 ponto.

Segundo a pesquisa, o crescimento da confiança empresarial foi influenciado pelo pensamento positivo das avaliações sobre a situação atual da economia brasileira. Entretanto, os empresários seguem céticos em relação aos próximos meses. Os dois fenômenos podem ser analisados por dois indicadores: o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) e o Índice de Expectativas (IE-E).

O ISA-E aumentou 4,0 pontos, para 92,1 pontos, nível mais elevado desde o último mês de 2021 (95,8 pontos). Enquanto que o IE-E recuou 0,9 ponto, para 92,4 pontos.

Entre os setores que englobam o ICE, somente o de Serviços registrou crescimento no mês, puxado pela evolução das projeções nos dois horizontes de tempo. A confiança da Indústria retraiu pelo oitavo mês consecutivo e acumula uma queda maior do que 13 pontos. A confiança dos setores do Comércio e da Construção encolheram no mês, influenciada pela piora das estimativas.

De acordo com FGV-Ibre, a confiança empresarial acelerou em 29 dos 49 segmentos integrantes do ICE em março, um avanço da disseminação frente aos 24 segmentos do último mês.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) solidifica os índices de confiança dos quatro setores apurados pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

O superintendente de estatísticas do FGV-Ibre, Aloisio Campelo Jr., aponta que a confiança do empresário apresentou uma alta expressiva por conta da melhora dos números da pandemia da Covid-19. Por outro lado, os empresários brasileiros ainda têm um certo receio com a situação econômica do Brasil a curto prazo. “A nova queda do Índice de Expectativas Empresarial, no entanto, lança dúvidas sobre a continuidade da recuperação nos próximos meses diante de um cenário de incerteza com relação ao impacto do conflito bélico entre Rússia e Ucrânia na economia mundial e do efeito esperado das altas de juros sobre a demanda interna”, explicou o superintendente.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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