Confiança do empresário do comércio acelera para maior patamar desde março de 2020

Foto: Freepik

No mês de junho, os comerciantes brasileiros ficaram mais otimistas, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) avançou 5,1% frente a maio, atingindo 122,4 pontos, o maior patamar desde março do ano retrasado, quando a pandemia de covid-19 começou a afetar mais gravemente o País.

O resultado reflete o terceiro avanço seguido no Icec, influenciado pelo aumento no ritmo de vendas. Frente a junho do ano passado, o indicador de confiança teve aceleração de 24,4% em junho deste ano.

De maio para junho, o componente de Condições Atuais do Empresário do Comércio saltou 9,9%, para 105,0 pontos, também o maior patamar desde março do ano retrasado. Ocorreu avanço em todos os itens apurados: economia (elevação de 12,4% em junho contra maio), setor (9,7%) e empresa (8,1%).

O componente de Expectativas do Empresário do Comércio também apresentou o terceiro salto seguido, com expansão de 3,5%, para 152,4 pontos. Foram registradas melhoras nas expectativas para a economia (elevação de 4,5%), o setor (3,2%) e a empresa (2,7%).

De acordo com a CNC, o crescimento nas vendas a despeito da inflação persistente e dos juros altos aumentou a percepção dos comerciantes, que estimam um segundo semestre favorável para o setor. As medidas de injeção de recursos, como o Auxílio Brasil e os saques extraordinários do FGTS, continuam gerando efeitos positivos no consumo e possibilitando o pagamento de dívidas, relatou a economista Izis Ferreira, responsável pelo levantamento da CNC.

“Com o ticket médio das vendas correntes mais baixo, o comércio aposta na recorrência das compras e na substituição de marcas caras, o que também explica o bom desempenho das vendas no contexto da disseminação da alta dos preços aos consumidores”, disse Ferreira.

O Icec demonstra ainda que as expectativas positivas dos varejistas de grande porte para os próximos meses aceleraram entre abril e junho de 2022, de 143,8 pontos para 150,6 pontos, o que pode apontar uma tendência para o setor como um todo, diz a CNC.

“Os números indicam que, na visão desses varejistas, o desempenho da economia, do comércio e das próprias empresas será melhor na segunda metade do ano”, relatou Ferreira.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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