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A confiança do consumidor cresceu 2,9 pontos em fevereiro de 2022 na comparação com janeiro, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta terça-feira (22) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) chegou a marca de 77,0 pontos. Em relação a médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,7 ponto.
“Em fevereiro, houve melhora da confiança dos consumidores influenciada por uma avaliação menos negativa sobre a situação atual e por um aumento das expectativas em relação aos próximos meses. O destaque foi o aumento da intenção de compras de bens duráveis, em queda há cinco meses consecutivos”, explicou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
“O resultado positivo pode ter sido influenciado pelo Auxílio Brasil nas faixas de renda mais baixas, perspectivas mais favoráveis sobre o mercado de trabalho e situação econômica que voltaram a ficar mais otimistas, com indicadores superando o nível neutro de 100 pontos,” disse a coordenadora.
Nesse segundo mês do ano, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,5 ponto, para 67,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) também apresentou elevação, porém de 3,8 pontos, para 84,5 pontos.
Já o item que mede a satisfação sobre as finanças pessoais acelerou 1,7 ponto em fevereiro, para 61,7 pontos, e o que mensura a percepção sobre a situação econômica atual subiu 1,0 ponto, para 74,0 pontos, sendo esse o terceiro mês seguido em que é observada a aceleração.
Sobre o que se espera para os próximos meses, o quesito de intenção de compras de bens de consumo duráveis progrediu 8,8 pontos, para 69,1 pontos, após uma sequência ruim de cinco meses consecutivos de perda.
O item que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar recuou 0,4 ponto, para 84,2 pontos, mostrando uma divergência com o componente que captura as projeções sobre a situação econômica geral, que aumentou 2,7 pontos, para 102,3 pontos.
A confiança registrou crescimento em todas as faixas de renda familiar. Entre as famílias que recebem até R$ 2.100,00 mensais, o ICC acelerou 6,5 pontos, para 75,6 pontos, valor mais alto desde março de 2020, quando o indicador estava em 82,5 pontos.
(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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