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O índice que mede a confiança da indústria encolheu 0,8 ponto em setembro, para 99,5 pontos, externou nesta quarta-feira (28) o Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre).
Segundo Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre, a contração foi puxada por uma percepção dos empresários de retração na demanda por produtos industriais de todas as categorias de uso, com exceção dos produtos de consumo de bens não duráveis.
“Tal resultado afeta negativamente a avaliação sobre a situação atual dos negócios, apesar de uma descompressão nos custos com a redução dos preços do petróleo e da energia. Para os próximos meses, nota-se um pessimismo quanto ao aumento da produção, possivelmente relacionados com a continuidade da desaceleração da atividade econômica e dificuldades ainda no abastecimento de alguns insumos”, comenta.
O cenário apresenta uma melhora no horizonte de seis meses, mas o economista afirma que é preciso cuidado, pois a política monetária mais restritiva deve segurar os investimentos nos próximos meses.
Houve encolhimento da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais apurados. O Índice Situação Atual regrediu 1,9 ponto, para 100,9 pontos enquanto o Índice de Expectativas ficou equilibrado ao oscilar 0,1 ponto para 98,0 pontos.
A percepção dos empresários sobre à situação atual dos negócios foi o que mais puxou negativamente o resultado no mês ao contrair 4,1 pontos, para 97,6 pontos, patamar mais baixo desde março (91,9 pontos). O indicador que mede o nível de demanda retraiu 1,7 ponto, para 101,5 pontos. Já o indicador que mede o nível dos estoques ficou equilibrado, com resultado favorável inferior aos 100 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria recuou 1,4 ponto, voltando ao patamar de maio de 80,8%.
(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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