Confiança da indústria recua 1,7 ponto em julho após 3 elevações consecutivas

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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 1,7 ponto em julho, após três meses seguidos de aceleração, externou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (27).

Com o resultado, o índice registrou 99,5 pontos. “O ICI volta a cair, influenciado pela moderação do otimismo empresarial quanto à evolução dos negócios ao longo do segundo semestre”, disse o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini, em nota. “As expectativas menos favoráveis parecem decorrer da perspectiva de manutenção de níveis elevados de inflação e de juros até o final do ano, além do aumento da incerteza política durante o período eleitoral.”

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), por sua vez, apresentou elevação de 0,9 ponto porcentual, a 82,3%, o maior patamar desde março de 2014.

O encolhimento do ICI em julho foi influenciado tanto pela avaliação do presente quanto pelas perspectivas do setor. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,9 ponto, para 101,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) contraiu 2,6 pontos para 97,6 pontos. No período, ocorreu retração da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais apurados pela sondagem.        

Nas aberturas do ISA, o indicador de percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios cedeu 4,5 pontos, para 101,1 pontos. Já o indicador que calcula o nível dos estoques encolheu 2,3 pontos, para 99,6 pontos, colocando os estoques em patamar de equilíbrio – quando superior aos 100 pontos, esse indicador aponta que a indústria opera com marca acima do desejável. O indicador que mede o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda por produtos industriais, por sua vez, ficou equilibrado em 102,8 pontos.

Entre os componentes do IE, o indicador que mede o otimismo com a evolução da produção física nos três próximos meses regrediu 7,8 pontos, para 95,1 pontos, e o que mensura a tendência dos negócios para os seis meses seguintes encolheu 1,3 ponto, para 93,9 pontos. Entretanto, o indicador de expectativas de emprego nos três meses seguintes acelerou 1,3 ponto, em sua quarta alta seguida, chegando a 103,9 pontos – o melhor resultado para o critério desde outubro do ano passado.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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