Como a Controladoria pode ajudar na sustentabilidade econômica dos negócios?

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Manter a sustentabilidade econômica pode ser uma tarefa difícil para as organizações, principalmente em momentos de crise. Pesquisas apontam que a maior parte das empresas no Brasil não chega a completar 10 anos de existência. Para o professor e coordenador do Mestrado Profissional em Controladoria e Finanças da Faculdade Fipecafi, Dr. Paschoal Tadeu Russo, a saída para sustentabilidade econômica das entidades está na adequação dos seus controles, área conhecida como Controladoria, assim como na clareza e força da cultura organizacional.

É o que mostra uma pesquisa conduzida no programa de mestrado da Faculdade Fipecafi, conduzida pela discente Marília Bassi sob orientação do professor Paschoal. Utilizando empresas de médio e grande porte, o estudou encontrou evidências de que organizações com culturas organizacionais claramente definidas tendem a apresentar uma Controladoria mais participativa e a contar com um sistema de avaliação de desempenho mais amplo, elementos fundamentais para a longevidade das companhias.

“Nossas pesquisas mostram que independentemente do tipo de cultura, se existe uma base sólida e clara, isso induz a um melhor nível de parceria com a Controladoria e amplia o sistema de informação da empresa, que é fundamental em todos os momentos, principalmente durante as crises. Em um cenário de instabilidade econômica, como passamos durante a pandemia, todo mundo perdeu dinheiro, porém ter uma controladoria parceira do negócio mostra-se fundamental para que a companhia possa estabelecer critérios de avalição que não sejam exclusivamente financeiros”, ressaltou Russo.

Para o especialista, é importante que as empresas revejam seus modelos de negócios, deixando de focar apenas no resultado financeiro, voltado para o curto prazo, e utilizando mais elementos de longo prazo para as decisões organizacionais. “É preciso diferenciar o que é resultado financeiro do que é resultado econômico. Quando olharmos para os resultados financeiros e só enxergamos o curto prazo, pode-se estar ganhando ou perdendo dinheiro, mas quando você observa uma organização, economicamente, olhando para frente, é possível considerar o desembolso ou a possível perda financeira no agora como um investimento para gerar valor no futuro. As empresas precisam olhar para o próprio modelo de negócios, repensar a gestão e buscar alternativas, pensando não somente no agora ou nos próximos meses, mas também no futuro, no que pretendem alcançar daqui há alguns anos”, destaca Russo.

A amplitude dos sistemas de avaliação de desempenho pode variar de acordo com a percepção da entidade. Para o professor Paschoal, contudo, as empresas precisam posicionar a Controladoria como uma área mediadora da cultura organizacional e a avaliação de desempenho. “O mercado se torna mais competitivo a cada dia e se analisarmos o cenário geral existem diversos tipos de cultura organizacional e inúmeras formas de colocá-las em prática. O que mais importa é estruturá-lo e fazer com que isso fique claro para toda a equipe. Dessa forma é possível ter uma Controladoria mais atuante, que será capaz de reunir mais informações. São esses dados que farão a diferença para nortear as atividades e o planejamento da empresa”, finaliza Russo.

Para acessar o estudo completo clique aqui. 

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