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Em um cenário de inflação mais agressiva, renda mais arrefecida e juros altos, as vendas do Dia das Mães no Brasil tendem a cair 1,8% em 2022 em comparação a 2021, estima a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Pelos cálculos realizados pela CNC, o comércio varejista deve movimentar R$ 14,42 bilhões em decorrência da data, que será comemorada em 8 de maio. Em relação a movimentação de dinheiro, o evento é o segundo mais expressivo do calendário do comércio. Somente atrás do Natal.
Em 2021, as vendas atingiram R$ 14,68 bilhões, o valor mais elevado desde 2015 (R$ 15,1 bilhões), segundo as análises atualizadas pela CNC.
Os cálculos já consideram a inflação, que acelerou nos últimos meses, causando dificuldades para a compra de bens e serviços.
Se a estimativa da entidade se concretizar, as vendas de 2022 serão as mais fracas desde o Dia das Mães de 2020. No período, a cifra havia caído para R$ 8,82 bilhões, o patamar mais fraco de uma série histórica com dados desde 2005.
A área de vestuário, calçados e acessórios costumam corresponder pela maior parte das vendas da data. A expectativa é de faturamento de R$ 6,69 bilhões nessa atividade, salto de 1,4% frente ao ano passado, segundo a CNC.
Os segmentos especializados em utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 2,33 bilhões) e móveis e eletrodomésticos (R$ 2,29 bilhões) também devem fazer parte de uma boa fatia das vendas. Entretanto, ambos devem registrar regressões significantes em frente ao último ano, de 9,3% e 9,5%.
No mês passado, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), registrou 11,30% no acumulado de 12 meses. No mesmo período, produtos e serviços que geralmente são relacionados a presentes do Dia das Mães também ficaram mais caros.
Eletrodomésticos e equipamentos, apresentaram inflação de 20,43% até o mês de março. Bijuterias (19,86%), mobiliário (19,80%), pacotes turísticos (19,63%), hospedagem (15,50%) e roupas femininas (14,24%) também avançaram. Tênis (13,62%), sapato feminino (13,43%) e relógio de pulso (12,47%) não conseguiram desviar da alta nos preços.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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