Com embargo chinês, exportação de carne tem nova queda mensal

Foto: aleksandarlittlewolf/Freepik

Em novembro, pelo segundo mês seguido as exportações brasileiras de carne bovina registraram retração, sem as vendas para a China, principal comprador. O Brasil embarcou 105,2 mil toneladas de carne no último mês, registando recuo de 47% frente ao mesmo mês em 2020. Em relação a outubro, as vendas encolheram 43%. Em receita, as vendas caíram 41%, para US$ 844,7 milhões. O levantamento é da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

A suspensão temporária de tais negócios com a China se deve à ocorrência de casos do mal da vaca louca em frigoríficos de Belo Horizonte (MG) e de Nova Canaã do Norte (MT). Em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, o embargo já dura 3 meses. No fim de novembro, a China liberou a entrada de carne bovina certificada antes da suspensão dos embarques, mas retida em portos chineses e no Brasil.

As exportações de janeiro a novembro, estão 7,15% inferiores em quantidade em comparação com o mesmo período de 2020. O total movimentado nesse intervalo foi de 1,848 milhão de toneladas em 2020, enquanto neste ano foram embarcadas 1,716 milhão de toneladas. Em contrapartida, a exportação em receita subiu 10%, para US$ 8,5 bilhões, principalmente pelo aumento do preço do produto no mercado internacional.

O impacto do embargo da China é grande no nosso mercado, visto que o país é o principal comprador da carne bovina brasileira, responsável por 54% do total. Este ano foram 928,8 mil toneladas, em 2020 foram de 1,071 milhão de toneladas. Em segundo lugar estão os Estados Unidos, que movimentaram até novembro 117, 8 mil toneladas, contra 54,3 mil toneladas no ano passado – aumento de 116,6%. Em seguida estão o Chile, o Egito, os Emirados Árabes e aa Filipinas.

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