Caged: Brasil gerou 2,7 milhões de vagas com carteira assinada em 202

Foto: gustavomellossa/Freepik

No ano passado o Brasil gerou 2,73 milhões de vagas com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência.  O número é o contraste entre as 20.699.802 admissões e os 17.969.205 desligamentos computados ao longo do ano.

Segundo o ministro Onyx Lorenzoni, o resultado apresentado é o melhor da década. Contudo, os números positivos do Caged ainda demandam atenção se considerarmos os resultados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que apontou que a taxa de desemprego geral registrou 11,6% de outubro a dezembro de 2021, afetando 12,4 milhões de pessoas. Mesmo se tratando da taxa mais baixa desde janeiro de 2020 (11,2%), os trabalhadores estão com salários menores. O rendimento real retraiu a R$ 2.444, número mais baixo da série histórica, iniciada a dez anos atrás. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (28) e se referem ao total de empregos, com e sem carteira assinada.

O último mês do ano passado teve saldo negativo, com mais desligamentos que admissões, apesar dos números positivos no acumulado do ano. O Brasil perdeu 265 mil vagas de em dezembro, resultado de 1,43 milhões de admissões e 1,7 milhões de desligamentos.

Após uma sequência de resultados positivos esse foi o primeiro negativo em 11 meses. O resultado é uma queda significativa em relação a novembro, quando 324,1 vagas foram geradas, e também é pior em relação a dezembro de 2020, quando o saldo foi de 82,1 mil postos fecharados.

Os setores da economia registraram saldo negativo na geração de empregos formais em dezembro em 80% das áreas. São elas: Serviços (-104.670 postos); Indústria geral (-92.047 postos); Construção (-52.033 postos); e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-26.073 postos). Somente o comércio demonstrou crescimento, com 9.013 novos postos.

Ainda no mesmo período, nenhuma região registrou mais contratações do que demissões: Sudeste (-136.120 postos) Sul (-78.882 postos) Centro-Oeste (-21.476 postos) Nordeste (-15.823 postos) Norte (-13.375 postos). Somente dois estados tiveram saldo positivo em dezembro: Alagoas (615 postos) e Paraíba 961 postos). As unidades federativas com o pior saldo foram Paraná (-24.346 postos) e Santa Catarina (-36.644 postos).

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