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A população brasileira paga cerca de R$ 12 bilhões por mês em tributos e subsídios na conta de luz, de acordo com os dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace). A pesquisa mostra uma elevação de 47% no valor dessas taxas e encargos no decorrer dos últimos quatro anos.
Atualmente, o preço da energia no Brasil, em relação à renda per capita, é o segundo mais expressivo do mundo, ficando atrás somente da Colômbia, entre 33 países pesquisados. Dentro do orçamento das famílias, o custo com a energia é mais pesado no bolso para brasileiros do que para consumidores vivem em economias com renda mais elevada, como Estados Unidos e Canadá, e também entre aqueles que residem em países emergentes, como Chile e Turquia.
Ao longo deste ano, os impostos e subsídios vão totalizar R$ 144,9 bilhões, o que corresponde a todo o orçamento do ministério da Educação em 2022, projetado em R$ 137,2 bilhões.
De acordo com a Abrace, somente 53,5% do valor da conta de luz está ligada à geração, transmissão e distribuição da energia elétrica. O resto é constituído por taxas que bancam políticas públicas, subsídios, impostos e ineficiências do setor.
Na última semana, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), associado ao Ministério de Minas e Energia (MME), comunicou o encerramento da bandeira tarifária escassez hídrica a partir de 16 de abril. A bandeira que irá entrar em vigor neste sábado será a verde, sem cobrança adicional. A alteração, segundo o órgão, resultará em queda de 20% na conta de luz do consumidor residencial.
As alterações são definidas pela Aneel e serão puxadas por uma inflação aguda, atualmente em dois dígitos.
As estimativas para o impacto na conta de energia destoam, pois o cenário para a bandeira tarifária oscila entre as empresas. A PSR projeta bandeira verde até o final do ano, enquanto a TR Soluções aponta que a bandeira amarela deve entrar em vigor por alguns meses no segundo semestre.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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