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O estilo de investimento do brasileiro ainda é bem conservador e aloca capital principalmente na poupança (37,5%) e em títulos públicos e renda fixa no geral (21%). Mesmo assim, o País se sobressai quando o tema é investimento em criptomoedas, um tipo de ativos com um nível de risco ainda alto do que o visto no mercado acionário comum.
Segundo o relatório ‘Risco relevante para o investidor brasileiro, francês e inglês’, externado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 14,5% dos investidores brasileiros entrevistados disseram investir em criptoativos. O porcentual é quase cinco vezes mais alto do que o dito pelos respondentes franceses (3%) e nove vezes maior do que o visto nos investidores ingleses (1,5%) que participaram da pesquisa.
O número de brasileiros que investe em criptoativos ficou ligeiramente inferior a porcentual que afirma investir em renda variável tradicional (16,1%), o que engloba bolsa de valores, fundos de investimento e outros ativos de risco. Nesta área, os franceses aparecem com um porcentual ainda mais baixo, de 12,6%. Já os ingleses apresentam maior propensão a investir na modalidade (17,5%).
O relatório da FGV ilustra claramente a perspectiva mais imediatista do investidor brasileiro. Aproximadamente 76% dos participantes do Brasil apontam investir visando curto ou médio prazo, ante 45,5% dos franceses e 64,5% dos ingleses.
Os brasileiros também são os que tem menos apetite de investimento a longo ou longuíssimo prazo (24%), enquanto 54,5% dos franceses e 35,5% dos ingleses o fazem.
Levando em consideração a decisão de investimento, o brasileiro também adota menos o risco (22%) do que os investidores da França (26,8%) e Reino Unido (36%). Além disso, os investidores do Brasil observam mais a rentabilidade passada (19%), de até um mês atrás, e confiam mais nas recomendações de influenciadores digitais (10%).
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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