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A invasão russa à Ucrânia pode esfriar o avanço da economia no mundo todo e gerar novos riscos econômicos, porém os principais bancos centrais estão focados em combater a inflação, que parece esquentar à medida que os valores saltam em todos os setores, de combustíveis a alimentos.
Apesar de a Europa sendo mais suscetível a um choque econômico mais abrangente da guerra envolvendo Rússia e Ucrânia, o Banco Central Europeu (BCE) informou na quinta-feira que a região não pode fechar os olhos para o crescimento da inflação na zona do euro.
“Você pode analisar a inflação da maneira que quiser e olhar para qualquer medida do núcleo: ela está acima da meta e subindo. Temos um mandato de (inflação de) 2% e estamos falhando”, relatou a uma autoridade do BCE, que pediu para não ser identificada.
Algo parecido está acontecendo em outros países ocidentais, englobando os Estados Unidos, conforme as autoridades avaliam o dano econômico potencial da guerra contra a teimosa elevação da inflação.
A inflação “é uma preocupação tremenda”, falou a Secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, na quinta-feira. “Isso atinge os americanos com força. Faz com que eles se preocupem com questões básicas do bolso”.
Com a inflação ao consumidor nos EUA chegando ao seu resultado máximo em 40 anos, investidores agora esperam que o Fed aumente os juros básicos para um intervalo entre 1,75% e 2% até o final do ano, 0,25 ponto percentual superior ao imaginado na última semana.
A exceção entre os principais bancos centrais é o do Japão, que tende a manter a política monetária bem flexível para apoiar uma retomada econômica ainda debilitada e enfraquecida, mesmo com a elevação dos valores da energia puxando a inflação em direção ao centro da meta de 2%.
(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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