Balança comercial finaliza 2021 com superávit recorde de US$ 61 bilhões

Foto: leonidassantana/Freepik

A balança comercial brasileira apresentou superávit recorde de US$ 61 bilhões em 2021. No decorrer do ano, as exportações somaram US$ 280,4 bilhões e as importações somaram US$ 219,4 bilhões. Puxado pelas altas do preço das commodities, trata-se do melhor resultado da série histórica iniciada em 1989. Apesar disso, o valor foi inferior ao esperado pelo governo.

O valor é 21,1% maior ao saldo de 2020, quando, na média diária, houve superávit de US$ 50,4 bilhões (valor revisado). O Brasil exportou 34% a mais frente a 2020, e registrou importações 38,2% superiores no período, sendo considerado a média diária.

No último mês do ano, a balança brasileira apresentou superávit de R$ 3,9 bilhões, valor 39,7% maior ao registrado no mesmo mês de 2020. No período total de 2021, o resultado da balança foi negativo somente nos meses de janeiro e novembro.

As exportações aumentaram em preços (28,3%) e quantidades exportadas (3,5%) frente a 2020.

Também ocorreu elevação das exportações para os Estados Unidos (44,9%), Mercosul (37%), Sudeste Asiático (36,8%), União Europeia (32,1%) e China (28%).

Sobre os setores com altas em 2020, houve 62,4% de expansão das vendas de produtos da indústria extrativa, com ênfase para minério de ferro (72,9%) e petróleo (54,3%). Ocorreu também 26,3% de elevação da exportação de bens da indústria de transformação, com ressalvas para aço semiacabado (101,3%). Em relação a exportação de produtos agropecuários, foi registrado o aumento de 22,2%, principalmente soja, que computou alta de 35,3%.

Sobre as importações, ocorreu aumento nos preços (14,2%) e quantidades importadas (21,8%). O Brasil ainda apresentou elevação das importações oriundas do Mercosul (44,7%), Estados Unidos (41,3%), China (36,7%), Sudeste Asiático (31,1%) e União Europeia (26,2%).

Entre os setores, ocorreu alta de 45,7% da demanda por insumos e produtos intermediários, como insumos agrícolas, eletroeletrônicos e petroquímicos, 77,1% da importação de medicamentos, em especifico as vacinas, e 87,1% da importação de combustíveis, com relevância para energia elétrica (89%).

Para 2022, o governo estima superávit de US$ 79,4 bilhões.

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