Após 3 meses de perdas, faturamento da indústria cresce em novembro

Foto: aleksandarlittlewolf/Freepik

O faturamento real da indústria de transformação avançou 0,70% em novembro, frente a outubro, retirados os efeitos sazonais, relatou a Confederação Brasileira da Indústria (CNI). O crescimento em novembro de 2021 interrompe uma sequência de três meses de recuos seguidos, que somam uma queda acumulada de 7,8%.

O faturamento real apresentou regressão de 9,1% na comparação com o igual período de 2020. Já no acumulado de janeiro a novembro de 2021, obteve elevação de 4,6%, contra o mesmo período de 2020.

A Utilização da Capacidade Instalada, por sua vez, encolheu pelo quinto mês seguido em novembro, de 0,1 ponto porcentual, para 80,5%, na série livre de influências sazonais. Mesmo assim, está 1,1 ponto superior ao do mesmo mês de 2020 e se encontra em nível acima em relação ao período anterior à pandemia, em 2019.

O emprego nas fábricas acelerou 0,20% na mesma base de comparação após três meses de solidez. Com esse resultado, o indicador voltou a crescente iniciada no segundo semestre de 2020 e que havia esfriado a partir de junho de 2021. Ante novembro de 2020, o crescimento foi de 4,1%. De janeiro a novembro do último ano, a elevação acumulada foi de 4,2%, informa a CNI.

O número de horas trabalhadas na produção, a massa de rendimentos e o rendimento médio real também positivaram em novembro, de acordo com a CNI.

Em novembro ante outubro, houve acelero de 0,7% em relação as horas trabalhadas na produção com ajuste sazonal. A elevação não foi o bastante para compensar a queda de outubro (0,9%). Em comparação a novembro de 2020, a expansão foi de 1,6%. No acumulado de 2021, há avanço de 10,1% frente ao mesmo período do ano anterior.

A massa salarial real da indústria de transformação registrou crescimento de 1,1% em novembro em comparação com outubro. A massa salarial continua abaixo do patamar pré-pandemia e, desde agosto do ano retrasado tem apresentado dificuldades para se recuperar de forma consistente. O indicador apresentou retração de 1,2% frente a novembro de 2020 e tem aumento de 1,0% no acumulado de 2021.

Já o rendimento médio real subiu 0,7% na margem dessazonalizada, interrompendo uma sequência de quatro encolhimentos de julho a outubro. Nesse indicador, estima-se uma tendência de queda, vista na comparação interanual (-5,1%) e no acumulado de janeiro a novembro do ano passado (-3,0%).

O acelero disseminado dos indicadores demonstra a recuperação moderada influenciada pela maior circulação de pessoas e pela confiança com o esfriamento da crise sanitária em novembro. “Os avanços, contudo, são insuficientes para reverter a tendência de queda do faturamento e da massa salarial reais, pressionados pela inflação, em elevação em 2021”, pondera o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

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