Apesar de retração na gasolina, pressão inflacionária dos alimentos persiste

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A diminuição dos preços da conta de luz, da gasolina e do etanol depois da ação do governo federal para encolher tributos – tanto federais quanto estaduais – já produz os primeiros desafogos na inflação ao consumidor, mas o valor mais alto de outros itens, como alimentos, ainda poderá influenciar a sensação de alta, apontam os dados divulgados nesta segunda-feira (18) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O valor médio semanal do litro da gasolina no Brasil registrou a quarta retração seguida, de acordo com a ANP. Arrefeceu 6,5% em média na semana de 10 a 16 de julho, para R$ 6,07 o litro. Novas contrações deverão acontecer, já que São Paulo e Minas Gerais divulgaram corte no ICMS sobre o etanol.

A tarifa de eletricidade residencial encolheu 2,29% no Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de julho, externada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), colaborando para que o indicador a ficasse em 0,24%.

Entretanto, no Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de julho, também publicado ontem pela FGV, o grupo de Alimentação é o único das oito classes de despesa a avançar em julho. Na média, cresceu 1,48%, contra 0,42% em junho. O item “laticínios” acelerou 8,81%. O leite longa vida encareceu 16,74%.

Sendo assim, existe uma estimativa de deflação no mês julho. Graças às desonerações, economistas do mercado projetam retração de 0,46% no IPCA (o índice oficial de inflação) de julho, de acordo com o Relatório de Mercado Focus externado ontem pelo Banco Central – no mês passado. Antes da definição sobre a diminuição de tributos, apontava para elevação de 0,43%.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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