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O último ano quebrou o recorde de famílias endividadas segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77,9% das famílias estavam endividadas em 2022, avanço de 7 pontos percentuais em relação ao ano retrasado (70,9%) e de 14,3 p.p. frente a 2019 (63,6%), antes da pandemia.
O número apresentado é o recorde da série histórica, iniciada em 2011. Para ter uma base de comparação, o menor índice foi visto em 2018, quando 60,3% das famílias estavam com dívidas.
Segundo a CNC, a maior parcela dos endividados são mulheres, têm menos de 35 anos e ensino médio incompleto, moradoras das regiões Sul ou Sudeste, cujas famílias ganham até 10 salários mínimos.
Do total de endividados, 17,6% se consideram muito endividados, a maior quantidade da série histórica. A cada 10 famílias com renda pequena, duas afetaram mais da metade da renda mensal para o pagamento das dívidas. Em relação aos salários mais altos, o índice retraiu pela metade, o que sugere que o superendividamento está concentrado entre os mais pobres.
Redação: Victor Boscato
