Agência da ONU aponta que preços de alimentos no mundo recuam em abril após máxima em março

Foto: Freepik

máxima em março

O valor dos preços mundiais dos alimentos recuou levemente em abril, após chegarem a um recorde em março. Contudo, a segurança alimentar global segue sendo uma preocupação por conta das difíceis condições do mercado, informou à agência de alimentos da ONU nesta sexta-feira (6).

O índice de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas mundialmente, registrou uma média de 158,5 pontos no último mês, ante 159,7 revisados ​​ positivamente em março.

“A pequena queda no índice é um alívio bem-vindo, principalmente para países de baixa renda com déficit alimentar, mas ainda assim os preços dos alimentos permanecem próximos de suas máximas recentes, refletindo o aperto persistente do mercado e representando um desafio para a segurança alimentar global para os mais vulneráveis”, relatou o economista-chefe da FAO, Maximo Torero Cullen.

Apesar de terem sido observadas quedas mês a mês, o índice de abril foi 29,8% mais elevado do que no ano passado, influenciado em parte por receios com o impacto do conflito no leste europeu.

O índice de preços de cereais da agência encolheu 0,7% em abril, após um avanço de 17% em março. Enquanto os preços do milho retraíram 3,0%, e os preços do trigo aceleraram 0,2%. A FAO relatou que o trigo foi impactado pelo bloqueio de portos na Ucrânia e as incertezas com as condições da safra nos Estados Unidos.

O índice de preços de óleos vegetais da FAO recuou 5,7% em abril, com o racionamento da demanda cedendo os preços dos óleos de palma, girassol e soja.

Já os preços do açúcar subiram 3,3%, o índice de preços de carnes avançou 2,2% e o de lácteos, 0,9%.

Em projeções separadas de oferta e demanda de cereais na sexta-feira, a FAO diminuiu levemente sua expectativa da produção mundial de trigo em 2022 para 782 milhões de toneladas, de 784 milhões no último mês.

A estimativa levou em consideração uma queda de 20% na área colhida na Ucrânia e um retração estipulada na produção no Marrocos devido a uma seca no estado do norte da África.

A agência subiu levemente sua previsão do comércio global de cereais no ano de comercialização de 2021/22 para 473 milhões de toneladas, um avanço de 3,7 milhões de toneladas frente a estimativa do mês passado, mas 1,2% inferior ao nível recorde de 2020/21.

A FAO apontou ainda que a revisão para cima impactou nas exportações mais fortes da Rússia com base nos embarques seguidos em abril, principalmente para Egito, Irã e Turquia.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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