Acompanhando melhora na rentabilidade com alta dos juros, março registra maior venda do Tesouro Direto desde 2019

Foto: Reprodução

As vendas de títulos públicos por meio do Tesouro Direto totalizaram US$ 4,1 bilhões no mês de março, divulgou o Ministério da Economia nesta quarta-feira (27). Esse é o resultado mais significativo desde maio de 2019, quando somou R$ 5,9 bilhões.

Criado em janeiro de 2002, o programa Tesouro Direto disponibiliza a oportunidade de pessoas físicas adquirirem títulos públicos pela internet.

O crescimento do volume da demanda por títulos públicos ocorre em uma época de elevação do juro básico da economia, atualmente no maior patamar em cinco anos, o que impulsiona a remuneração dos papeis ofertados pelo governo federal e, consequentemente, enche os olhos dos investidores.

Além da disparada dos juros para conter a inflação, os títulos públicos também tiveram um rendimento maior nos últimos meses, devido ao conflito no leste europeu, que subiu a curva de juros do mercado futuro.

Os investidores procuram os papeis do Tesouro Direto como medida para proteger seu dinheiro contra as perdas ocasionadas pela inflação.

Segundo o Tesouro Nacional, os resgates de títulos públicos registraram R$ 2 bilhões no último mês. A emissão líquida, ou seja, a diferença entre o montante emitido e resgatado apresentou a soma de R$ 2,1 bilhões no mês passado.

Foi apurado que 521 mil novos investidores se cadastraram no Tesouro Direto, informou o programa. O número de investidores cadastrados até o fim de março chegou a 17,9 milhões, apontando um salto de 73,9% nos últimos doze meses.

Os investidores ativos totalizaram 1,9 milhão de pessoas — o número mais expressivo de pessoas de toda a série histórica, iniciada em 2002.

No mês passado o saldo total (estoque) de títulos em mercado atingiu o valor de R$ R$ 86,4 bilhões, uma aceleração de 3,9% sobre março (R$ 83,2 bilhões).

“Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos do estoque somando R$ 47,29 bilhões, ou 54,72% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 24,87 bilhões (28,78%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 14,25 bilhões, com 16,49% do total”, relatou o Tesouro Nacional.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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